Enquanto a Amazônia como um todo fechou 2024 com uma queda de 7% no desmatamento em comparação com o ano anterior, o Acre apresentou um cenário preocupante, com um aumento de 39% na área desmatada. De janeiro a dezembro de 2024, o estado perdeu 464 km² de floresta, ante 333 km² em 2023, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto Imazon. O crescimento coloca o Acre como um dos estados com maior avanço na devastação florestal no bioma amazônico.
Além do desmatamento, a degradação florestal, impulsionada principalmente por queimadas, registrou um aumento alarmante de 497% em toda a Amazônia. No Acre, os meses de agosto e setembro foram os mais críticos, com incêndios florestais contribuindo significativamente para a perda de cobertura vegetal. As queimadas, muitas vezes associadas a práticas de limpeza de áreas para agricultura e pecuária, agravaram o cenário de degradação no estado.
Em nível nacional, a Amazônia teve o segundo ano consecutivo de redução no desmatamento, com 3.739 km² derrubados em 2024, uma queda de 7% em relação a 2023.
O Pará continua liderando o ranking de desmatamento pelo nono ano consecutivo, com 1.260 km² devastados em 2024, mas o Acre se destaca pelo crescimento percentual, superando até mesmo estados tradicionalmente críticos, como Mato Grosso, que registrou uma redução de 27% no desmatamento.