O senador Alan Rick e a vice-governadora Mailza Assis têm estratégias diferentes em curso, mas, ambos com o mesmo objetivo: o Palácio em 2026. Enquanto Alan goza da dianteira nas intenções de votos e foca em apresentar resultados de seu mandato, Mailza corre para se tornar mais conhecida em todos os municípios.
Um episódio chamou atenção na terça-feira, 4. Enquanto o governador Gladson Cameli, com forte esquema de segurança, anunciava investimentos na Cidade do Povo que a estatal de comunicação afirma serem históricos, pai e filho sofriam ataques a tiros em plena luz do dia, quadras próximas à cerimônia.
Governador Gladson Cameli faz sua primeira viagem do ano para fora do estado. Mailza assumiu o comando do Palácio Rio Branco nesta quarta-feira, 5.
Enquanto Alysson Bestene, Bocalom e o PP esticam a corda sobre a nomeação do titular da secretaria de educação, os pais que procuram creches para matricular seus filhos têm como resposta que não foi baixado ainda o edital para matrículas. E ainda tem quem alimente essa briga insana por poder.
O vice-prefeito Alysson Bestene vive, novamente, uma situação vexatória. Deve estar pensando: “onde fui amarrar o meu burro”. Primeiro a corda esticada em torno de sua pré-candidatura a prefeito, agora, o cipó tá comendo e sua nomeação para secretaria municipal de saúde é adiada dia após dia.
Bocalom pode enfrentar sua primeira derrota no parlamento com a possível aprovação do projeto de lei da vereadora Elzinha Mendonça, que proíbe a nomeação de condenados por violência doméstica e crimes contra a dignidade sexual em cargos públicos municipais. Caso o prefeito decida vetar novamente a proposta, os vereadores devem derrubar o veto para reafirmar a independência do Legislativo.
A 1° sessão legislativa da Câmara Municipal de Rio Branco mais parecia a “Casa da Mãe Joana” — aliás, a casa da mãe é bem mais organizada que o parlamento mirim. Sem um líder do prefeito Tião Bocalom para conduzir a base governista, os vereadores de oposição dominaram o plenário. Houve chacota sobre a prometida “caixa-preta” da gestão municipal, denúncias, rebeldia de Samir Bestene e até ameaças de abertura de uma CPI na saúde. Dos 21 vereadores, nenhum saiu em defesa do “Velho Boca”. A situação não está nada boa para o prefeito.
Ainda nem terminou a lua de mel entre a população e os prefeitos recentemente empossados e já tem gestor reclamando do pepino que pegou nas mãos. Em Brasileia, por exemplo, a queda do FPM atingiu a casa dos 750 mil. O Carlinhos do Pelado foi pego, literalmente, de “calças curtas”.
O município de Brasileia criou secretarias para meras acomodações. É o caso da Secretaria de Cultura, que tem à frente a ex-presidente da Câmara, ex-vereadora Arlete Amaral. Não sabe nem para que rumo vai, sem um centavo de orçamento. O ex-candidato a prefeito em Epitaciolândia, Chiquinho Chaves, PSD, é secretário de comunicação. Utopia administrativa em curso.
Tem gestor de bem com a vida, como é o caso do prefeito Jerry Correia, em Assis Brasil. “Ganhou” 600 toneladas de asfalto da parceria com o Deracre e pavimentou ruas em pleno inverno. Inaugura, em maio, 11 casas populares construídas com dinheiro de fonte 100 repassado pelo estado. Tá feliz da vida, nem reclama da queda do FPM.
Empresário do ramo da construção civil cobra da Fieac estudos e análises dos projetos das tipologias de habitação térrea, que prometia baratear os custos da habitação popular. A parceria com a Seict foi oficializada em outubro do ano passado. E até agora as análises não foram oficializadas.
Só na saúde do estado existem quase meia dúzia de obras paradas, a maioria de hospitais. Parece que enterraram uma cabeça de burro na obra de reconstrução do Hospital João Câncio, em Sena Madureira.
Na famosa “faixa de gaza” (leia Sena Madureira), o prefeito Gerlen Diniz foi participar de um programa ao vivo na rádio pública Aldeia FM. Até aí tudo bem, mas a entrevista, porém, foi um recado a Mazinho Serafim, que tem batido forte na mesa pelo comando da emissora. Prometeu até emendas pix para virar o jogo midiático.
A intervenção do repórter do ac24horasPlay, Whidy Melo, sobre a assinatura do convênio da Prefeitura de Rio Branco com a PM do Acre foi importante. Mostrou, na fala de quase todas as autoridades, que aquilo ali é algo trivial. Um termo que já vem sendo mantido há tempos. Não seria exagero dizer que é até protocolar.
E o que diabos é esse convênio? Falando de uma forma bem simples, é como se a prefeitura estivesse dizendo para o comando da PM: “comandante, peça pro pessoal dar uma vigiadazinha mais aqui no patrimônio do Município! Demore um pouco com a viatura neste e naquele posto de saúde! Me ajude!”
Para isso se gasta R$ 7,2 milhões? O problema, desconfiado leitor, é que o sistema de videomonitoramento não é uma ferramenta barata. E, sendo justo, é preciso dizer que essa ação de vigilância eletrônica da Prefeitura de Rio Branco foi um acerto. Já encaminhou vários casos com muita assertividade.
O IBGE divulgou nesta quarta (5) o crescimento de 3,1% da indústria brasileira em 2024. Isso é mais um elemento que cai como chumbo nos ombros da Comunicação do Governo Federal. Os indicadores econômicos são positivos, mas a percepção é outra. E a Comunicação teria um papel fundamental para mudar essa sensação. Uma alternativa é fazer o que já foi feito, sobretudo na gestão Lula 1: investir em Comunicação Brasil adentro.