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“Precisamos produzir para exportar mais”: Gonzaga diz que Porto de Chankay trará desenvolvimento ao Acre

Foto: Sérgio Vale

O Bar do Vaz entrevistou, na tarde desta terça-feira, 4, o ex-presidente da Assembleia Legislativa e atual primeiro-secretário do parlamento, deputado Luiz Gonzaga (PSDB). Durante a conversa, o parlamentar abordou diversos temas, incluindo os investimentos em transparência no Poder Legislativo, o fortalecimento do setor produtivo do Acre e a importância da regularização fundiária no estado.


Ao jornalista Roberto Vaz, o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) destacou que, durante seus dois anos na presidência da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), houve avanços significativos, especialmente no aperfeiçoamento do portal da transparência, na criação do diário eletrônico e na inclusão de um procurador para garantir mais transparência ao Poder Legislativo.


“Nós construímos nosso portal da transparência, criamos o diário eletrônico — achava um absurdo a Assembleia não ter um. Também implementamos a ouvidoria, onde qualquer cidadão pode perguntar ou fazer reclamações. Fizemos um trabalho moderno, com profissionais competentes”, declarou.


O parlamentar ressaltou que não foi um “presidente de gabinete” e garantiu que as audiências públicas realizadas no Juruá e no Alto Acre foram essenciais. “Foram bastante produtivas. A partir delas, vimos o potencial da região no agronegócio, principalmente na suinocultura. Nossos produtores querem produzir e têm muita vontade de trabalhar”, disse.


Gonzaga enfatizou que um dos grandes entraves para os produtores acreanos é a regularização fundiária. “Os documentos das terras não existem. O Acre precisa resolver isso. Se resolvermos esse problema, o estado terá um crescimento significativo, pois temos terra e produtores dispostos a trabalhar”, explicou.


O primeiro-secretário da Aleac também criticou os altos preços das passagens aéreas no Brasil, comparando com os valores das companhias da Bolívia e do Peru. “Comprei uma passagem para Cusco por R$ 450, ida e volta. Já para Cruzeiro do Sul, o valor é de R$ 1.000, um absurdo, uma exploração”, destacou.


Sobre sua relação com o governo de Gladson Cameli, Gonzaga afirmou que a parceria foi produtiva e elogiou a postura do governador. “Ele [Gladson] é aberto, não segura tudo para ele e sempre deu liberdade para que pudéssemos discutir as questões do estado”, afirmou.


O parlamentar também defendeu o fortalecimento da produção como caminho para a geração de emprego e renda. “O que gera riqueza é a produção. É preciso incentivar o homem do campo para que ele possa viver com dignidade”, avaliou.


Gonzaga revelou que esteve reunido com o secretário de Planejamento para discutir parcerias entre o governo e a Assembleia Legislativa voltadas ao desenvolvimento regional dos municípios. “Precisamos debater com os vereadores. Não adianta querer que o Juruá produza suínos e aves, sendo que Brasiléia já faz isso bem. Temos que identificar a vocação de cada município e dar ao produtor condições para plantar e produzir”, destacou.


O deputado reforçou que a produção é essencial para o crescimento do Acre. “Digo isso desde meu primeiro mandato: sem produção, não há solução. Precisamos produzir para gerar emprego e renda”, comentou.


Além disso, Gonzaga elogiou o presidente da Aleac, Nicolau Júnior, destacando suas qualidades políticas. “Ele tem facilidade para dialogar, dá atenção, é conciliador, respeitoso, humilde e carismático. É uma das novas lideranças do nosso estado”, declarou.


Por fim, o parlamentar ressaltou a importância do novo Porto de Chancay, no Peru, que, em sua visão, beneficiará o Acre pela proximidade com o mercado asiático. “O Acre é a porta de saída e entrada. Só China e Índia somam quase 3 bilhões de habitantes. O mundo precisa de alimentos, e nós temos que produzir. Hoje, temos mercados para isso”, concluiu.


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