Durante a sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual e vice-presidente da Casa, Pedro Longo (PDT), destacou nesta terça-feira, 4, a importância da carta governamental, tradição do Poder Executivo que apresenta ao parlamento os planos e projetos para o estado.
Longo expressou expectativas positivas em relação ao discurso do governador Gladson Cameli (Progressistas) afirmando que este será um ano de “muitas entregas e avanços em diversas áreas”.
“É o rito da democracia, e que bom que temos os poderes vivendo harmonicamente. É uma tradição importante do Executivo apresentar ao parlamento, que representa a população, seus planos e projetos. Temos uma expectativa muito grande de que o governador trará boas notícias hoje”, afirmou o parlamentar.
Além disso, Longo, que também preside a Comissão de Defesa do Consumidor, abordou um tema crítico para o estado: o isolamento de municípios acreanos durante o período de seca. Ele destacou a situação de quatro municípios — Porto Walter, Jordão, Santa Rosa do Purus e Marechal Thaumaturgo — que enfrentam dificuldades de acesso a mantimentos e combustíveis devido à falta de infraestrutura viária adequada.
“Não podemos mais conviver com quatro municípios que sofrem com o isolamento no período da seca. Praticamente não há como levar mantimentos, combustíveis ou retirar a produção dessas localidades”, afirmou o deputado.
Longo reconheceu a complexidade do tema, especialmente quando as estradas passam por áreas indígenas, mas ressaltou que não há impeditivos para iniciar os procedimentos necessários. Ele destacou a importância de respeitar as regras ambientais e garantir o consentimento das populações afetadas, com consultas prévias à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Ministério Público (MPAC).
“Os licenciamentos já estão pacificados, e o órgão responsável é o IMAC, já que se trata de rodovias estaduais. Devemos fazer tudo corretamente, mas não podemos condenar essas populações ao isolamento. É perfeitamente possível realizar essas obras, desde que haja vontade política”, afirmou Longo.