O Greenpeace Brasil denunciou, nesta segunda-feira (3), o avanço do garimpo ilegal no rio Madeira, apenas cinco meses após uma operação da Polícia Federal e do Ibama ter destruído 459 balsas na região. A organização ambiental identificou, por meio de imagens de satélite, ao menos 130 dragas entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá, no sul do Amazonas.
A superintendência do Ibama no Amazonas afirmou estar ciente da situação e que o planejamento de operações para atuação contra o garimpo ilegal no rio Madeira continua em andamento.
Uma draga de garimpo no rio funciona como uma embarcação equipada com bombas e mangueiras que extraem sedimentos do leito do rio. A terra e a areia retiradas são processadas em uma esteira ou mesa vibratória, onde o ouro é separado por gravidade ou por substâncias químicas, como mercúrio. Esse processo provoca assoreamento, contaminação da água e degradação ambiental, afetando ecossistemas aquáticos e populações ribeirinhas.