Engana-se quem subestima Mailza a julgá-la apenas por sua aparência tranquila e calma. O rosto angelical, a fala mansa e de tonalidade baixa podem enganar muita gente que avalia – e até julga – a vice-governadora Mailza Assis por sua aparência sempre tranquila e calma. Achar que seu jeito meigo esconde uma mulher frágil e até subestimar sua capacidade de liderança, discernimento e de tomada de decisões assertivas pode ser um erro grave.
A pessoa em questão poderá vir a ser a detentora do poder de uma caneta, pois a partir de abril de 2026, quando – de acordo com a legislação eleitoral – o governador Gladson Cameli deverá se afastar do cargo para concorrer ao Senado Federal e, então, a mulher aparentemente frágil, aos olhos dos que assim a enxergam, poderá passar a ser temida.
O poder motiva e impõe mudanças na forma de tratamento entre quem o detém e quem dele depende desde que o mundo é mundo.
No Acre, estado que voltará a ser governado por uma mulher depois de anos, são milhares de comissionados, postos terceirizados e empresários fornecedores cuja vida financeira depende da tinta da caneta de quem despacha nomeações e ordens de pagamento no gabinete principal do Palácio Rio Branco.
Do mesmo modo, a liberação dos recursos públicos estaduais destinados por emendas parlamentares a convênios com prefeituras, entidades e instituições além de outros tantos termos de cooperação que dependem de tal caneta para acontecerem.
Só de emendas parlamentares dos deputados estaduais, são R$ 100 milhões que caberá à Mailza a decisão de liberar antes ou somente depois das eleições.
Neste contexto, Maílza já é uma expectativa de grande poder, num estado que se movimenta majoritariamente pelo orçamento público.
Sendo assim, não é demais lembrar que Mailza já declarou em recente entrevista a um programa de TV que está se preparando para a missão de assumir o governo do Estado quando o governador Gladson Cameli se afastar para disputar uma vaga no Senado, bem como se prepara para articular o apoio popular e partidário para concorrer à reeleição, em 2026.
“Eu não vou fugir disso. Essa é minha missão, é o meu trabalho, eu me dedico a isso e é um direito, acima de tudo. Então, qual é o meu caminho? Trabalhar, me preparar, estar pronta para assumir o governo e, claro, para concorrer a uma reeleição. Isso depende do meu partido, dos componentes políticos, dos nossos aliados, da população e estou trilhando esse caminho”, afirmou a vice-governadora Mailza durante o programa Gazeta Entrevista.