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Ricardo Araújo prevê R$ 1 bilhão de investimento na BR-364 com nova ponte do Caeté sendo estaiada

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Da redação ac24horas

No programa Bar do Vaz, exibido nesta quinta-feira (23), o jornalista Roberto Vaz entrevistou o Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo. Durante a conversa, Araújo destacou avanços nas obras das rodovias federais BR-317 e BR-364, além de abordar desafios e soluções para problemas históricos nas estradas do estado.


Sobre a BR-317, Araújo afirmou que a rodovia apresenta uma nova realidade, com trechos de alta qualidade de Rio Branco até Brasileia. “A 317 hoje está em perfeito estado, de Boca do Acre até Brasileia. Refizemos toda a região do Bagaço, e ali não há mais problemas. Dos 300 km da divisa de Boca do Acre até Brasileia, mais de 60% já foram recapeados, e estamos fazendo os acostamentos”, destacou.


A BR-364, que conecta Rio Branco a Cruzeiro do Sul, está sendo transformada com a adoção de um novo método de pavimentação, o macadame hidráulico. “É uma camada de 25 cm de pedra, mais 20 cm de base e 8 cm de capa asfáltica. Fizemos um teste no trecho entre o aeroporto e o Bujari, e hoje o trajeto que era complicado pode ser feito em apenas cinco minutos. Esse tipo de pavimento tem custo inicial mais alto, mas reduz os gastos de manutenção a quase zero”, explicou Araújo.


Foto: Sérgio Vale

O superintendente revelou que 50 km da BR-364 já foram concluídos com essa tecnologia e que a meta é alcançar até 120 km dos 400 km entre Sena Madureira e o distrito do Liberdade até o final deste ano. “As pedras são trazidas de Abunã, o que eleva os custos, mas a durabilidade compensa. Estamos mudando o conceito da BR-364, que agora pode operar até no inverno”, afirmou.


Outro tema abordado foi o controle de peso nas rodovias. Segundo Araújo, a fiscalização foi retomada em janeiro, após o fim do contrato em novembro. “Infelizmente, ainda temos motoristas que passam com até 50 toneladas acima do permitido e preferem pagar a multa a se adequarem. Esse novo pavimento que estamos implementando é mais resistente, mas o excesso de peso ainda representa um desafio”, disse.


Foto: Sérgio Vale

A ponte sobre o Rio Caeté, em Sena Madureira, também foi tema da entrevista. Araújo detalhou o problema geológico enfrentado na estrutura, que tem sofrido deslocamentos devido a alterações no solo subterrâneo. Segundo o superintendente, a ponte do Caeté será estaiada com sustentação dos cabos de aço tensionados que se conectam às torres verticais “Descobrimos que a 70 metros de profundidade há uma camada de lama que se movimenta rapidamente, principalmente no inverno, quando o rio vai de 50 cm para 210 metros de largura. A estrutura metálica da ponte tem resistido, mas precisamos ampliá-la de 210 para 360 metros”, pontuou.


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