O programa Bar do Vaz, comandado pelo jornalista Roberto Vaz e contando com a participação dos jornalistas Marcus Vinicius, Astério Moreira e Luis Carlos Moreira Jorge, conhecido como Crica, trouxe uma análise política completa nesta sexta-feira, 3 de janeiro, sobre o ano político de 2024.
A edição especial, exibida pelo ac24horas, contou com análises sobre o uso da máquina pública, os erros estratégicos de lideranças do MDB em não abdicar da candidatura de Jéssica Sales em Cruzeiro do Sul em prol do PP, o ressurgimento político de Márcio Bittar, as pesquisas eleitorais para Governo, Senado e a postura de Alysson Bestene durante a fase de transição de governo.
A discussão do programa girou em torno da influência do uso da máquina administrativa nas eleições de 2024, destacando-se como o grande fator decisivo. O jornalista Marcus Vinicius ressaltou que “demoraram seis anos para o grupo da oposição ao PT, que agora está no governo, aprenderem a usar a máquina”, destacou. O Crica ainda complementou afirmando que “se você pegar R$ 140 milhões e asfaltar uma rua atrás da outra, influência”, afirmou ao falar do empréstimo liberado pelo governo do presidente Lula ao prefeito Tião Bocalom.
Roberto Vaz reforçou a tese de que “quem tem voto é a máquina”, apontando para o peso dos investimentos e das obras na manutenção do poder político.
O senador Sérgio Petecão foi apontado como um dos grandes derrotados do cenário político atual. Segundo os comentaristas, ele vem sofrendo sucessivas perdas de espaço e precisa se modernizar. “Ele precisa ter um coordenador de campanha profissional. Ele sempre ganhou na brutalidade, mas esse modelo se esgotou”, afirmou Crica.
Por outro lado, Márcio Bittar foi apontado como um dos grandes vencedores do momento político. Depois de uma derrota significativa em 2022. “Ele viu a oportunidade com o rompimento do Vagner com o PP, se aproximou de Gladson Cameli e Bocalom, e se tornou uma peça fundamental na montagem do novo cenário político”, comentou Astério Moreira.
Apesar das críticas às dificuldades de gestão, o governador Gladson Cameli segue com alta aprovação popular. Segundo pesquisa recente, ele tem 56% de aprovação, mesmo após sete anos de mandato. Os comentaristas atribuíram esse fenômeno à sua forma de lidar com o eleitorado. “O governo dele é arroz com feijão, bem insosso, mas ele está acima da gestão”, afirmou Luis Carlos Moreira Jorge.
A pesquisa Data Control também analisou as intenções de voto para o governo do Acre em 2026. O senador Alan Rick lidera com 29%, seguido por Jorge Viana (18%), que não é candidato ao Governo, e pelo prefeito Tião Bocalom (14%), que ainda não anunciou oficialmente sua candidatura. Um dos destaques foi da ex-deputada federal Mara Rocha, com 5,8%, seguida por Nicolau Júnior (5%) e Mailza Assis (4,9%).
A ex-senadora e atual vice-governadora, Mailza Assis, foi apontada como uma figura política que não consegue deslanchar nas pesquisas ao comentar o desempenho na pesquisa do Instituto Data Control. “Ela não tem máculas, mas também não tem carisma”, destacaram os jornalistas. “Ela é muito introspectiva e não trabalha politicamente o que faz. Falta aquele molho, aquele algo a mais que conquista o eleitor”, destacou Luis Carlos Moreira Jorge.
Por outro lado, a ascensão do senador Alan Rick é atribuída, em grande parte, à sua capacidade de comunicação sobre as emendas parlamentares. Alan lidera disputa pelo Governo do Acre com 29% segundo a pesquisa Data Control divulgada nesta sexta-feira (03) “Ele está todo dia anunciando, liberando emendas, explicando para que elas servem”, ressaltou a bancada.
Mesmo com uma postura clara de oposição ao governo federal, Alan Rick tem demonstrado habilidade ao construir pontes quando necessário. “Ele é contra o PT e não esconde de ninguém, mas sabe dialogar com os ministros. Ele está tomando o lugar que seria de destaque do Jorge Viana no governo Lula”, afirma Luis Carlos.
Com dois votos em disputa para 2026, durante um debate sobre o cenário político para as eleições de 2026, os jornalistas analisaram os números de uma pesquisa recente que mostra Gladson Cameli na liderança na disputa pelo Senado. “Hoje, o Gladson teria 62% das intenções de voto para o Senado se for somar o indicador do primeiro e do segundo voto ao Senado”, destaca Marcus Vinicius. “Olha só, sabe quem aparece na segunda posição somando os dois itens? Não é o Jorge Viana, e sim a Jéssica Salles com 23,5%. Então, ela seria a preferida do segundo voto”, complementou.
No entanto, há incertezas sobre a viabilidade de algumas candidaturas. “A Jéssica vai ter apoio financeiro para bancar os gastos da campanha? Porque eleição para o Senado é cara. Uma das eleições mais caras, inclusive, mais do que a de governador”, pontuou Luis Carlos Moreira Jorge.
Entre as alterações estruturais, foi mencionado que o prefeito pretende criar uma nova Secretaria da Mulher, cujo comando pode ser entregue à advogada e esposa de Bocalom, Kelen Nunes. “Ele vai criar mais uma secretaria e muita gente está comentando que pode nomear a esposa para esse cargo”, destacou Marcus Vinicius.
Por outro lado, chamou atenção a manutenção do secretariado sem grandes mudanças, o que gerou discussões sobre a influência de alguns nomes no governo. O chefe de gabinete, Valtim, segue acumulando vários cargos e é apontado como uma das figuras mais influentes da gestão. “Eu esperava que o Márcio Bittar fosse ter mais influência. Eu esperava que o Alysson Bestene fosse ter mais influência”, comentou um analista.
O papel do vice-prefeito Alysson Bestene (PP) na administração também foi questionado. “Alísson foi um elo importante entre o prefeito e o governo durante a pandemia. Tinha um comportamento exemplar, mas parece que não está sendo ouvido nas decisões”, afirmou Astério Moreira. “Ele deveria ter indicado o secretário de Saúde, pelo mínimo”, completou Crica.
A análise política também relembrou uma entrevista concedida pelo governador Gladson Cameli em dezembro ao Bar do Vaz, na qual ele aconselhou Bestene a se manter discreto no cargo. “O Gladson disse: ‘Eu só pedi uma coisa para o Alysson, que ele saiba ser vice-prefeito. Que não crie problema, que fique na dele”, afirmou Marcus Vinicius.
Ao final do programa, os jornalistas abordaram a postura do governador Gladson Cameli que tem enfatizado a necessidade de unidade política dentro do grupo. “Chama-se 2026. Ele não quer mais briga, ele quer um grupo unido. Tanto é que a palavra que ele mais usa nas entrevistas agora é executar”, disse Roberto Vaz .
Além disso, os analistas políticos destacaram o papel de Gladson Cameli na reeleição de Bocalom. “Na verdade, o grande mentor da vitória do Bocalom chama-se Gladson Cameli, que foi quem decidiu, convocou o pessoal a trabalhar, basicamente financiou, digamos assim, a campanha”, avaliou Roberto Vaz.
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