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Ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter morre aos 100 anos

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Jimmy Carter, um fazendeiro que como presidente dos Estados Unidos enfrentou uma economia desfavorável e a crise dos reféns no Irã, mas que intermediou a paz entre Israel e o Egito e recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho humanitário, morreu em sua casa na Geórgia neste domingo, informou o Carter Center. Ele tinha 100 anos.


“Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta”, disse Chip Carter, filho do ex-presidente, em um comunicado.


“Meus irmãos, minha irmã e eu o compartilhamos com o mundo por meio dessas crenças comuns. O mundo é nossa família pela maneira como ele uniu as pessoas, e agradecemos por honrar sua memória continuando a viver essas crenças compartilhadas.”

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Democrata, Carter serviu na Casa Branca de janeiro de 1977 a janeiro de 1981. Tendo vivido mais do que qualquer outro ex-presidente na história dos Estados Unidos, ele viu sua reputação aumentar mais depois que deixou o cargo do que como presidente — uma situação que ele mesmo reconheceu.


Ele derrotou o então presidente republicano Gerald Ford na eleição de 1976 para se tornar o 39º presidente dos Estados Unidos, mas perdeu de forma categórica para o republicano Ronald Reagan em 1980, após um único mandato considerado um fracasso.


Carter deixou o cargo profundamente impopular, mas trabalhou vigorosamente por décadas em causas humanitárias depois disso.


Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002 em reconhecimento ao seu “esforço incansável para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, impulsionar a democracia e os direitos humanos e promover o desenvolvimento econômico e social”.


Nos últimos anos, Carter teve vários problemas de saúde, incluindo melanoma que se espalhou para seu fígado e cérebro. Carter decidiu receber cuidados paliativos em fevereiro de 2023 em vez de passar por intervenção médica adicional. Sua esposa, Rosalynn Carter, morreu em 19 de novembro de 2023, aos 96 anos. Carter pareceu frágil quando compareceu ao funeral dela em uma cadeira de rodas.


Ex-governador da Geórgia, Carter chegou à Casa Branca como um azarão em Washington prometendo honestidade após o escândalo de corrupção política de Watergate que forçou o republicano Richard Nixon a renunciar em 1974, elevando seu vice-presidente, Gerald Ford, à Presidência.


Em janeiro de 2022, Carter expressou preocupação de que a “polarização tóxica” ameaçasse a democracia norte-americana após a tumultuada Presidência de Donald Trump, falsas alegações de que a eleição presidencial de 2020 foi “roubada” e o ataque ao Capitólio dos EUA pelos apoiadores do republicano em janeiro de 2021. Carter morreu pouco antes de Trump retornar à Presidência dos EUA no mês que vem.


“Nossa grande nação agora oscila à beira de um abismo. Sem ação imediata, corremos o risco genuíno de um conflito civil e de perder nossa preciosa democracia. Os americanos precisam deixar de lado as diferenças e trabalhar juntos antes que seja tarde demais”, escreveu Carter em uma coluna de opinião no New York Times naquele ano.


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