Pedro Longo confirma pré-candidatura à Câmara dos Deputados e diz que “Gladson é o mito”

Em entrevista na tarde desta quinta-feira, 26, o deputado estadual Pedro Longo (PDT) fez um balanço do seu mandato e da produção legislativa durante um bate-papo com o jornalista Roberto Vaz, no Bar do Vaz, exibido pelo ac24horas. O parlamentar é vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

Durante o bate-papo, Pedro Longo afirmou que avalia 2024 como um ano produtivo no parlamento. O parlamentar destacou os relatórios e afirmou que teve todos os projetos de leis apresentados aprovados pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). “Eu não posso julgar o parlamento como um todo, mas você já me conhece, sabe que a gente que vem do mundo jurídico, eu me dedico muito à questão mesmo da legislação, tanto na apresentação de projetos como também no estudo, eu trabalho muito nas comissões, acho que sou deputado que faço mais relatorias de matérias, tanto aquelas que vêm do governo, mas também dos poderes, dos colegas. Então, eu acho que para mim, especialmente, foi um ano produtivo. Os meus projetos de lei apresentados foram todos aprovados. Tive a oportunidade também de participar de algumas audiências públicas. Então, eu tenho uma avaliação, assim, em geral, bastante positiva”, afirmou.

Ao falar do projeto que restringe o uso de celulares no ambiente escolar, Longo explicou detalhes do PL que aguarda sanção do governador Gladson Cameli. “O que a lei trata, na verdade, é de uma restrição, porque em muitos momentos o celular, o tablet, ele pode ser utilizado. O próprio governo distribui tablet nas escolas, ele pode ser usado também como ferramenta de aprendizado, então está permitido e vai ficar a critério do professor, do planejamento e da coordenação educacional que vai estabelecer os momentos em que ele pode ser utilizado e também evidentemente se houver uma emergência. Ficará a critério da Secretaria de Educação a regulamentação disso, porque tem que ter um prazo também para as escolas se adaptarem, tem que ter um local apropriado para armazenar esses aparelhos”, explicou.

O deputado comentou a decisão do TJAC que entendeu que o PL de autoria do Governo do Acre que tratava da incorporação do Igesac à pasta da Saúde era constitucional. “Eu tenho uma participação grande desde que eu fui relator desta lei ainda na legislatura passada. Eu fico feliz porque são 800 servidores, não é gente que ganha muito, mas é o pessoal que pega no pesado ali nas áreas do Pronto Socorro, na UPA e hoje eles têm essa segurança de que são servidores públicos. Agora a gente quer dar o último passo porque eles estão regidos ainda pela CLT, nós queremos transformá-los em estatutários porque dessa maneira eles passam a recolher não para o INSS, mas passam a recolher para o Acreprevidência. O Acreprevidência tem dificuldades atuariais, então seria já uma forma também de reforçar um pouquinho o caixa do Acreprevidência”, explicou.

Ao falar dos projetos futuros, Pedro Longo sinalizou que sairá em 2026 a uma candidatura à Câmara dos Deputados. Segundo ele, a experiência na magistratura e o conhecimento jurídico serão mais bem usados em projetos em Brasília (DF). “Eu tenho estimulado isso. Logo que passaram as eleições, a gente reuniu nosso grupo político e eu tracei um caminho, um projeto. É claro que isso depende, não depende só de nós, mas nós temos que saber onde nós queremos chegar. E eu tracei um caminho para, na próxima eleição, em 2026, me apresentar como candidato a deputado federal e tenho algumas razões para isso. Eu acho que eu esgoto, terei tido seis anos de mandato, eu acho que esgoto a contribuição que eu poderia dar no parlamento estadual e eu venho do mundo jurídico, e nós sabemos que as leis que realmente valem, que colocam limites são as leis federais, a constituição, os códigos, todos eles são feitos em Brasília e eu quero aproveitar um pouco desse conhecimento que eu tenho da experiência que tive no parlamento estadual para representar a população acriana em Brasília”, afirmou.

O deputado afirmou que, mesmo em Brasília, caso seja eleito, fará parte da base de apoio ao governador Gladson Cameli. “Fui líder dele [Gladson] em um período muito difícil lá na Assembleia durante dois anos, quando a oposição era muito mais forte, aguerrida, numericamente era maior também e disso resultou em uma amizade mútua que nós temos e eu pretendo continuar na base do governador. Ele é o nosso líder político maior, vou acompanhá-lo nas decisões majoritárias, ele vai nos indicar o caminho, a gente tem as nossas preferências, mas a palavra final realmente é dele”, afirmou.

Durante a reta final da entrevista, Pedro Longo afirmou que o mito não é o Bolsonaro, mas sim Cameli. “Eu diria que mito não é o Bolsonaro, mito é o Gladson. O Gladson é um fenômeno a ser estudado, porque ele transmite uma simpatia, ele parece que tem essa empatia, consegue se colocar no lugar do outro, ele atende a todos. Eu até brinco assim, olha, às vezes marcar uma audiência com o Gladson pode ser um pouco demorado, um pouco difícil, mas se você o encontrar na rua, porque o pessoal vem lá, aquelas comissões, quer conversar, diz, olha, marcar audiência, burocracia, não é muito a dele. Mas se tiver uma solenidade, uma razão, e dentro do que ele pode, dentro do serviço público, ele tem buscado a atenção. Então, eu acho que ele é um fenômeno a ser estudado, Roberto”, afirmou.

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