O consumidor acreano vai de frango comum da Acreaves. A alta do dólar tira da mesa das famílias mais pobres o sonho de comer um peru ou um chester, comercializados a R$ 109,08 (R$ 29,48/kg) e R$ 115,78 (R$ 30,99/kg), respectivamente.
Sem mesa farta
Para muitos, o Natal é tempo de família, mesa farta e luzes brilhantes. Mas para milhares de brasileiros em situação de vulnerabilidade, a data traz à tona a solidão, a fome e a exclusão. O estado ainda tem mais da metade da população vivendo em situação de pobreza, com 51%. A extrema pobreza é a maior do Brasil, com cerca de 146 mil pessoas nesta faixa. O Bolsa Família pago pelo governo federal é um alívio para 131 mil famílias.
Então é Natal
Leitor deve estar organizando os últimos detalhes da lista de convidados para a ceia natalina. É um rito que se repete: encontro com sogros, cunhados, primos e enteados é imprevisível — nunca sabemos quem vai amar ou odiar quem — é instável: até quando esses afetos se manterão?
Angústia pré-natalina
A análise acima é da psicanalista Vera Iaconelli, ela aborda a angústia pré-natalina que começa em outubro. “As famílias se fundam sobre uma dupla (ou um trio, tanto faz), que funciona como uma dobradiça que reúne parentes de ambos os lados”, afirma.
Reflexão
Por que a celebração do surgimento de Jesus se reduziria à família? Questiona Iaconelli. Para ela, o Natal tem uma longa e curiosa história, que se instituiu a partir das festas do solstício de inverno e está longe de se resumir à ideia de família e consumo, como é vendido hoje.
Briga à vista
Tem briga boa no horizonte. A Fecomércio no Acre vai ter disputa interessante a ser acompanhada. Uma parte dos empresários locais está incomodada com a condução da agenda da federação. O presidente da instituição residindo no Rio Maravilha e alguns dedicados diretores se esforçando em dar visibilidade à instituição por meio de pesquisas genéricas… a turma do comércio anda meio incomodada com a qualidade da agenda da federação. A “cereja” foi a entrega de brinquedos a crianças junto com o governador.
Fato
O fato é que a Fecomércio poderia intervir com mais qualidade na agenda econômica regional.
Dados cruéis
Com um ano de criação, a Secretaria dos Povos Indígenas assistiu o aumento de analfabetismo (23,7%) nas aldeias e o retorno, após alguns anos, de indígenas pedintes no centro da capital. Francisca Arara faz gestão de cargos comissionados.
Índio quer apito
Os Caciques da região do Amônia (AC) narraram o crescente poder do narcotráfico em suas terras – e seus impactos sobre povos ancestrais. Acossa famílias, alicia jovens e faz o consumo de drogas explodir. O estado fez ouvido de mercador.
Relação difícil
O prefeito Tião Bocalom terá uma relação difícil com a Câmara Municipal, mesmo fazendo a presidência com seu pupilo Joabe Lira. Turrão – como é conhecido – vai enfrentar um bloco maduro na política que gosta do diálogo e do que movimenta essa relação: os cargos.
Time duro de lidar
Apesar de ter vencido a eleição com facilidade, Bocalom deve ter uma oposição mais qualificada na Câmara. Elzinha Mendonça e Fábio Araújo, que “atormentaram” o prefeito no primeiro mandato foram reeleitos, o petista André Kamai é, naturalmente, oposição, e Eber Machado começa, mesmo antes de assumir, a mostrar que também vai incomodar. E ainda resta saber como será o posicionamento dos vereadores eleitos por partidos “independentes”.
No gelo
O PP de Gladson Cameli está igual a pista de gelo inaugurada no domingo na Praça da Revolução. Mesmo com a maior bancada e maior votação, vai ser coadjuvante na Câmara Municipal. É a tal coisa: no poder manda quem pode e obedece quem tem juízo.
É coisa nossa
Secretário de governo – SEGOV – pede que seja feito um registro na coluna de que todo mobiliário do gabinete foi compra de profissionais do Acre. Segundo Calixto, além da boa qualidade dos móveis há também a preocupação do governo de manter o comércio desses profissionais aquecidos.
Precisa se comunicar melhor
Falando em comunicação, o prefeito Bocalom é outro que ao longo do primeiro mandato, penou e teve dificuldades em fazer algumas ações chegarem até a população, mesmo vencendo a eleição deste ano em primeiro turno. A coluna não aponta o dedo para dizer que a culpa é de algum profissional, o próprio perfil do prefeito é difícil por natureza, mas pode melhorar.
É do povo
Sabedoria popular é algo inquestionável. Redator desta coluna “pegou” um Uber dia desses. “O senhor é do ac24horas, né? A política é muito suja, mas a sujeira só acontece porque a gente não entende que tudo que o governo faz não é favor, é obrigação. As pessoas não entendem que o dinheiro é nosso e prefeito ou governador não tiram um real do bolso”. Tem como dizer que não tem razão?
Pacto
Esse caso registrado pela CGU de sobrepreço nas compras da Fundhacre exige repensar muita coisa. Inclusive essa lógica de a iniciativa privada praticar um preço para vender a si e outro bem diferente para vender a governos. É preciso repensar isto urgente. Da mesma forma, os governos precisam ser mais ágeis: comprou, pagou: simples assim. Tem que ser assim.
Sortudo
Confraternização do ac24horas não é para os fracos. Sorteou uma motoca preta, bonita. E o sortudo foi o garotão Astério Moreira, para lembrar os tempos em que acelerava “de com força” pelas ruas de Brasileia quando foi vereador por lá.