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Bryan: o menino de 5 anos que venceu o câncer e sonha com um Natal mais feliz com a família

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A história parece enredo de um filme, mas é a emoção da vida real. Há dois anos, Gleison Vidal, 40 anos, teve um sonho, no mínimo, esquisito. Um homem, em seu sonho, dizia para que Gleison prestasse atenção na barriga do filho, Bryan, que tinha apenas três anos na época.


O pai ficou impressionado com o sonho e ao acordar, a primeira coisa que fez, foi olhar a barriguinha da criança. Realmente, Gleison percebeu que a barriga estava mais inchada que o normal. Agoniado ao lembrar do sonho, “correu” com o filho a um posto de saúde. A partir disso, a rotina da família virou de cabeça para baixo até o diagnóstico: sarcoma de células claras, um tumor maligno raro.


Esse tipo de câncer tem como uma das principais características, os sintomas iniciais serem discretos e muitas vezes não causam dor, o que pode levar a um diagnóstico tardio. O que faz com que Gleison não tenha dúvidas da origem do sonho. “É muito difícil, eu ficava pensando, será que vou perder meu menino? Um dia eu dormindo, um homem dizia no meu sonho para eu prestar atenção na barriga do Bryan. Quando eu acordei, fui direto olhar a barriga dele e percebi que não tava normal. Eu não tenho dúvida que foi Deus quem falou comigo, se não fosse Ele ter falado comigo meu filho não estaria mais aqui”, conta Gleison.

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A partir do diagnóstico, a vida da família mudou completamente e Gleison e a esposa passaram a se dedicar totalmente ao tratamento do filho. Foram dois anos de incertezas e sofrimento entre consultas, cirurgia e as sessões de quimioterapia que deixaram o garoto completamente careca. Emocionada, a mãe, Sislânea Oliveira, 41 anos, conta os dias difíceis e incertos ao loado do filho. “Quando a gente descobriu depois do sonho que meu marido teve, o mundo da gente desaba, eu fiquei sem chão, ninguém imagina que vai passar por isso, pensa que tudo vai acabar. Em vários momentos, eu pensava que ia perder meu filho”, afirma.


Sislânea conta que nos momentos mais complicados e quando as esperanças ameaçavam fraquejar, a fé era renovada pelo menino de pouco mais de três anos, que nem sabia direito pelo que estava passando. “Era muito difícil ver meu filho tão magro, sem conseguir comer. Lembro que na hora de colocar o acesso do soro era a parte mais difícil, tinha hora que eu tinha que sair da sala de tão aflita. O incrível é que ele sempre meu deu força, Deus usava ele para me dar força. Quando a gente tava no hospital, perto da cirurgia, ele percebeu que eu estava agoniada e falou: Calma mamãe, Deus está no controle, eu já estou curado. Nessas horas, a gente vê o quanto Deus usa uma criança para falar com a gente. O Bryan veio para me mostrar o que é ter fé”, diz a mãe, bastante emocionada.



No mês passado, Bryan e a família receberam a melhor notícia após dois anos de tratamento. O garoto está curado e leva uma vida normal.


No entanto, por conta da dedicação ao tratamento da criança nos últimos anos, o pai, que vive do trabalho informal, fazendo bicos e a mãe, que perdeu as faxinas que fazia para cuidar do filho, passam por dificuldades, principalmente alimentação.


O casal, junto com o filho, mora em uma casa simples de madeira no bairro Alto Alegre. “Antigamente eu tinha muitas faxinas, mas quando meu filho adoeceu eu fui perdendo as faxinas, já que ficou muito tempo internado e muito debilitado, aí eu precisava ficar com ele no hospital. Agora é só o pai dele, que faz bicos, e a situação está muito difícil”, afirma. Apesar da cura da doença, como o tratamento terminou faz pouco tempo, Bryan ainda precisa dos cuidados da mãe.


Sislânea não sabe se o Natal vai ser farto, mas diz, chorando, que o presente de fim de ano já chegou. “Esse já é o melhor Natal da minha vida porque meu filho está aqui, curado pela honra de Deus”, diz.


Toda a história da família foi contada, mas cadê o personagem principal dessa história? No início, envergonhado, Bryan não quis muita conversa. Só depois do repórter entrar em seu “esconderijo” foi que a conversa fluiu. O local secreto é debaixo de uma mesa da casa. Animado e falante, Bryan contou que não estava preocupado com a careca, já que o cabelo ia voltar a crescer. Relatou ainda que, apesar das constantes idas ao Hospital, não tem medo de injeção.


A preocupação mesmo é se o Papai Noel vai deixar os presentes que tanto quer. “Quero um caminhão basculhante e uma pá-carregadeira”, diz, empolgado com a possibilidade de aumentar a frota.


Quem quser ajudar ao Bryan e sua família a ter um Natal mais feliz, tem várias formas de ajudar. Para doações de alimentos, como sacolões, ou os brinquedos tão esperados pela criança, é possível entrar em contato com Davinei Cunha (68 99998-6043) ou Keile Cunha (68 99991-4292). Os dois são do Instituto Peteleco, parceiro do ac24horas para a coleta e entrega dos alimentos e demais doações.


Jà quem quiser ajudar com qualquer valor pelo PIX, pode fazer diretamente para a mãe de Bryan, Sislânea Oliveira, pela chave 68 99972-3915.


Assista ao vídeo:

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