Em edição do programa “Boa Conversa”, apresentado por Marcus Vinícius e com comentários de Astério Moreira, diversos temas da política acreana foram discutidos. Entre eles, as articulações para a eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco, as estratégias para manter a unidade política rumo a 2026 e a habilidade do governador Gladson Cameli em dialogar com diferentes grupos, incluindo sua recente declaração sobre receber o presidente Lula.
Astério destacou que o PP ensaiava lançar candidatura própria à presidência, mas reuniões têm sido adiadas sucessivamente. Segundo fontes, a decisão foi postergada para a próxima semana, alimentando especulações sobre os bastidores. “Essa conversa entre o governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom parece estar surtindo efeito. Há sinais de moderação nas negociações, talvez indicando uma composição com o PP”, afirmou Astério.
Atualmente, o vereador Joabe Lira desponta como um dos principais articuladores. Ele busca apoio entre diferentes blocos, incluindo o PL, União Brasil, e o Bloquinho. No entanto, divergências sobre a composição da mesa, especialmente quanto à segunda secretaria, complicam o cenário. Enquanto isso, o MDB, com seus três vereadores, permanece como uma incógnita. “O padrão MDB é esse: cada lado diz que está com eles”, brincou Marcus Vinicius.
O governador Gladson Cameli, em busca de manter a coesão política até 2026, tem desempenhado um papel de articulador. Em um jantar recente, Gladson reafirmou seu compromisso com a unidade dos grupos que venceram as eleições municipais, incluindo prefeitos aliados, como Tião Bocalom. “Ele tem muito interesse em evitar divisões, porque sabe que um bloco coeso é essencial para as eleições gerais”, analisou Marcus Vinícius.
Outro ponto de destaque foi a habilidade política de Gladson, que transita entre grupos distintos, inclusive mantendo diálogo com o presidente Lula. A postura tem gerado críticas da ala mais radical de seus apoiadores, mas também elogiada como um gesto estratégico. “Gladson é um articulador nato. Ele avança, recua e consegue equilibrar interesses diversos. Isso ficou evidente ao receber Marina com honrarias em gestos que transcendem a política partidária”, observou Astério.
A entrevista recente de Gladson ao ac24horas foi outro tema abordado. Questionado sobre quem foi o melhor presidente para o Acre, o governador adotou uma postura cautelosa, atribuindo méritos tanto a Lula quanto a Bolsonaro. Já o senador Sérgio Petecão, ex-líder de Bolsonaro no Senado, foi mais enfático: “Não houve presidente melhor para o Acre do que Lula”, afirmou, apontando obras estruturais e investimentos históricos durante os governos da Frente Popular.
Um dos destaques abordados no Boa Conversa foi a possibilidade de João Marcos, líder do prefeito na Câmara e derrotado nas últimas eleições, assumir a Secretaria de Direitos Humanos.
João Marcos é alvo de ações judiciais por racismo e incitação ao ódio, o que gerou controvérsia sobre sua possível indicação para uma pasta que, segundo os comentaristas, exige conhecimento e sensibilidade em questões sociais. “Direitos Humanos tem que ser comandado por alguém que compreenda as várias facetas de uma sociedade. Como João Marcos, com as posições que assumiu na Câmara, poderia representar esses valores? É uma contradição total”, destacou Astério.
A polêmica não parou por aí. Na madrugada desta sexta-feira, 20, a Câmara aprovou, por unanimidade, um projeto enviado pelo prefeito que aumenta o salário dos secretários de R$ 15 mil para R$ 28 mil. A votação, realizada de forma rápida e discreta, foi criticada pela falta de transparência. “Aprovam na calada da noite, como se fosse algo para passar despercebido. É impressionante como essas manobras continuam acontecendo”, comentou Marcus Vinícius.
Outro tema debatido foi o orçamento da prefeitura para 2025, fixado em R$ 2,4 bilhões. Dentro desse montante, uma novidade chamou atenção: a alocação de R$ 1 milhão em emendas individuais para cada vereador. “É um escárnio”, afirmou Astério, ressaltando que, apesar de a medida ser legal, compromete parte significativa do orçamento.
Os comentaristas também analisaram os bastidores políticos estaduais, incluindo a movimentação de Mara Rocha, ex-candidata ao governo, que já é cotada para concorrer ao Senado em 2026. O cenário para as próximas eleições, segundo Astério, promete ser acirrado, com nomes fortes como Jorge Viana, Márcio Bittar e a própria Mara disputando votos. “Ela foi para o NOVO, e ali talvez o Márcio Bittar não tenha como influenciar. Na verdade, ela concorre diretamente com a direita, e tira votos dele no processo”, observou Astério Moreira.
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