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Avança o número de acreanos que vivem em domicílios alugados

Em 2022, o Acre tinha 260.837 domicílios, onde em 78,1% eram domicílios próprios de algum morador (já pago, herdado, ganho ou ainda pagando), 13,9% em alugados, 7%  cedidos ou emprestados (por empregador, familiar ou outra forma) e 1,0% em outras condições de ocupação. Os dados são do IBGE, que divulgou na última quinta-feira, 12, os dados referentes ao Censo Demográfico 2022: Características dos Domicílios, resultados preliminares da amostra.


No Censo de 2010, o estado do Acre tinha um total de 220.734 domicílios particulares ocupados. Destes, 154.367 domicílios eram próprios e 21.021 domicílios eram alugados, o que representa aproximadamente 9,5% dos domicílios no estado. 


Portanto, o crescimento dos domicílios alugados, no período intercensitário, foi de 4,4 pontos percentuais, correspondendo a mais de 15mil e 200 domicílios. Os dados para 2022, por regionais, constam no gráfico a seguir.



Em todos os municípios mais de 70% dos domicílios ocupados são próprios


Em 2022, a proporção de moradores em domicílios próprios de algum morador (já pagos, herdados, ganhos ou pagando) superava 70% em todos os seus 22 municípios. Os municípios com as maiores proporcionalidades eram: Mâncio Lima (93,89%), Santa Rosa (91,42%) e Jordão (90,90%). Os com menores proporcionalidades foram: Rio Branco (72,81%), Plácido de Castro (73,04%) e Epitaciolândia (73,78%).


A condição de ocupação “próprio de algum morador – ainda pagando” atingiu extremos de 15,6% da população em Goiás e 3,9% da população no Acre. Já a condição “alugado” foi mais comum no Distrito Federal (30,1%) e mais rara no Piauí (9,8%). Em relação à condição “cedido ou emprestado”, o maior valor foi encontrado em Mato Grosso do Sul (8,8%) e o menor, em Santa Catarina (3,8%).


Em termos proporcionais, no ranking nacional, o Acre foi o campeão de domicílios construídos com madeira (40,76%)


Outro dado importante trazido pelo censo de 2022, foi que 47,0% da população acreana residia em domicílios com paredes externas de alvenaria com revestimento. A segunda opção mais comum foi a madeira, com 40,76%, seguido da alvenaria sem revestimento, com 9,07%. O Acre, foi o estado da federação que apresentou a menor proporção de domicílios em alvenaria e a maior proporcionalidade dos domicílios construídos com madeira.


A categoria “Alvenaria ou taipa com revestimento”, a proporção mais elevada foi registrada no Distrito Federal (95,0%). Já o Maranhão registrava a maior proporção de ocorrência da “Alvenaria sem revestimento” (18,2%) e da “Taipa sem revestimento” (6,6%). 


A 25,9% dos domicílios acreanos possuem 5 cômodos


Em 2022, 2,13% da população residente em domicílios particulares permanentes morava em domicílios de apenas 1 cômodo, enquanto 7,43% residiam em domicílios de 2 cômodos. Os domicílios de 3 cômodos serviam de moradia a 13,25% da população, os de 4 cômodos a 22,24% e os de 5 cômodos a 25,88%. Os domicílios compostos por 6 a 9 cômodos abrigavam 27,64% da população, ao passo que os 1,44% restantes da população residiam em domicílios com 10 cômodos ou mais.


No nível das Unidades da Federação, também destoa a situação do Distrito Federal, pela alta proporção da população residindo em domicílios com 10 cômodos ou mais – 13,0%, mais que o dobro da média nacional. A segunda Unidade da Federação com proporção mais alta, Minas Gerais, estava 5,0 pontos percentuais atrás, com 8,0% da população residindo em domicílios com 10 cômodos ou mais. Já a Unidade da Federação a registrar a menor proporção nesse indicador foi o Acre, com 1,8%.


A proporção de moradores com máquina de lavar do Acre supera os 9 estados do Nordeste e 2 do Norte. 


A proporção de moradores acreanos com máquina de lavar roupas em casa foi de 56,40% em 2022. Por cor ou raça, 43,8% da população parda não tinha máquina de lavar roupa no domicílio. A proporção era de 44,4% para pretos, 36,1% para brancos, 27,7% para amarelos. Já para indígenas, a parcela era de 84,5%. 


Dentre os estados da Federação o Acre superou, proporcionalmente os seguintes estados: Tocantins (53,2%), Rio Grande do Norte (43,8%), Sergipe (41,9%), Ceará (41,0%), Paraíba (39,4%), Pernambuco (37,1%), Alagoas (36,6%), Pará (36,2%), Bahia (34,0%), Piauí (30,7%) e Maranhão (27,1%).


Com somente 74,79% o Acre é o último estado, no ranking nacional, com ligação domiciliar à internet 


Em 2022, 74,8% da população acreana vivia em domicílios com acesso à internet. Por cor ou raça, não tinham acesso domiciliar à internet 24,8% da população preta, 24,8% da parda, 17,4% da branca e 19,2% da amarela. Já para indígenas, a parcela era de 73,7%.


Dentre as 5 Regiões do Brasil o Norte é o último do ranking (79,77%). O Centro-Oeste (89,63%) é a campeã, seguido pelo Sul (89,54%), Sudeste (88,72%), e Nordeste (81,30%). No Brasil existe 86,35% domicílios ligados à internet.


São dados importantes sobre algumas características dos domicílios acreanos. Merecem, portanto, uma reflexão por parte dos fazedores de política do Acre.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas