O dólar teve forte alta na manhã desta quinta-feira (19) e alcançou o patamar de R$ 6,30, mesmo após novo leilão do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda. Nesse cenário, a autarquia realizou um segundo leilão de US$ 5 bilhões.
Pouco depois da venda, a moeda chegou a cair 2% e, às 11h17, a moeda norte-americana recuava 1,72%, a R$ 6,1820. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,66%, a 121.567,86 mil pontos.
No primeiro leilão, o BC vendeu um total de US$ 3 bilhões à vista em um novo leilão, no que foi a 5ª operação do tipo na última semana.
A autarquia ainda fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
Na véspera, o dólar fechou em um novo patamar histórico, a R$ 6,26, enquanto investidores digeriam a aprovação do texto-base de uma das propostas do pacote fiscal do governo na Câmara dos Deputados.
O cenário, porém, segue negativo diante do temor do mercado de que novas medidas não sejam aprovadas ainda neste ano ou sejam esvaziadas pelo Congresso.
A divisa, que já operava em novos recordes, ganhou mais força após o Federal Reserve (Fed) anunciar o corte dos juros em 0,25 ponto nos Estados Unidos e sinalizar a redução de novos cortes para o próximo ano.
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou com um tombo de mais de 3%, no pior desempenho em dois anos, reflexo de preocupações persistentes sobre o cenário fiscal no país e sinalização de menos cortes de juros nos Estados Unidos.