A semana decisiva antes do recesso parlamentar deve ser marcada por uma queda de braço entre governo e Assembleia Legislativa do Acre. O Palácio Rio Branco decidiu não “arredondar” os valores das emendas parlamentares individuais, que atualmente estão vinculadas ao montante da receita tributária.
Um deputado tem cerca de R$ 3,2 milhões garantidos, mas com essa vinculação, o valor em 2024, por exemplo, chegou a R$ 3,6 milhões, mas os parlamentares queriam propor que esse valor fosse fixado em R$ 4 milhões.
O deputado Tadeu Hassem (Republicanos), relator do orçamento de 2025, era um dos que defendiam o reajuste e acreditavam num consenso com o governo.
“O que está tendo é um outro debate para arredondar, para estabelecer um novo teto, que chegue a R$ 4 milhões. Essa discussão está aberta mesmo, inclusive, agora após a audiência, nós vamos ter uma reunião com a base e com o Secretaria de Planejamento, Segaz e Segov para tratar especificamente sobre esse assunto”, disse o parlamentar ao ac24horas, se mostrando otimista.
Outro deputado consultado, que também é da base, falou que os parlamentares estão unidos e não abrem mão da demanda.
O ac24horas apurou que na reunião do Conselho de governo realizada na Casa Civil na noite dessa segunda-feira, 10, o governador Gladson Cameli definiu que nenhum reajuste será dado nas emendas. A informação de veto do governador já chegou a alguns deputados, que ficaram revoltados e pensam em algum tipo de reação.