Pauliette Nascimento Fernandes, mãe de Paulo Luiz Nascimento da Silva, 8 anos, expôs nas redes sociais nesta quinta-feira, 5, a situação enfrentada por famílias de Brasileia após a Prefeitura decidir suspender mediadores escolares para crianças com necessidades especiais.
Seu filho, diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e suspeita de Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), foi diretamente afetado pela medida.
No relato, Pauliette descreveu o impacto da decisão e pediu apoio público. “Ele estuda na escola Rui Lino, que é uma excelente escola para crianças de necessidades especiais. Hoje, com muita tristeza no meu coração, fui deixar meu filho e fui informada que não poderei levar ele mais para a escola amanhã, porque teve uma reunião na Secretaria de Educação avisando que todas as crianças de necessidades especiais não podem mais ir para a escola amanhã, porque a Prefeitura não tem condições mais de pagar os mediadores. E eu venho aqui pedir a ajuda de vocês”, relatou.
A mãe expressou a dificuldade de lidar com a situação e a sensação de abandono pelas autoridades. “Eu, como mãe, já tenho que lutar pelo direito do meu filho e ainda tenho que passar por isso, não poder mais levar meu filho para a escola, porque a Prefeitura, junto com a Secretaria de Educação, irá dispensar todos os mediadores, sendo que o meu filho não vai poder fazer nem a última parcial da provinha dele do 4º bimestre, não poderá participar da despedida do dia das crianças do coleguinha, porque é o 1º ano em que ele está na escola e ele participa. E eu acabei de ser informada disso”, afirmou.
Pauliette também fez um apelo para que a decisão seja revista, pedindo que as autoridades ouçam as famílias prejudicadas. “Gostaria do apoio de vocês, todas as pessoas compartilhassem, todas as pessoas que isso chegue na Secretaria de Educação, que chegue na Prefeita Fernanda Hassem, que é o último ano dela. Ela luta pelos direitos dos autistas. Eu conto com isso, porque eu não aceito o meu filho ainda hoje, hoje é 4 de dezembro, para onde as aulas ficou na última reunião para encerrar dia 20 de dezembro, sendo que ainda tem muitos dias e eu ser informada para escola que eu não posso levar mais meu filho amanhã, porque ele tem uma necessidade muito grande de mediador”, salientou.
A mãe concluiu reafirmando que vai lutar pelos direitos de Paulo Luiz. “Então, eu agora estou terminando de me arrumar, vim aqui em casa, pegar meus documentos, estou indo para o Ministério Público, vou para a rádio, aonde tiver que ir, mas o meu filho ele vai concluir o ano dele, entendeu? Ele vai concluir. E eu aguardo uma resposta da Secretaria e da Prefeita Fernanda. Por favor, compartilhe, me ajude, me ajude, se você tem algum parente, se você tem alguém que tenha essa, que esteja passando por esse mesmo momento que eu estou passando agora, eu peço forças, forças, nesse momento difícil”, encerrou.
Até o momento, a Secretaria de Educação de Brasileia e a Prefeitura não se pronunciaram sobre a suspensão dos mediadores.
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