A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ganhou destaque na recente reunião entre as equipes dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, ao apresentar detalhes do programa Rotas de Integração Sul-Americana. O programa, criado no ano passado, visa aprimorar rotas logísticas para o comércio intrarregional e ampliar conexões com o Pacífico, especialmente através de rodovias e hidrovias.
Durante o encontro, o presidente Lula pediu que Tebet detalhasse o programa, destacando que ele já conta com recursos garantidos para rodovias e hidrovias, mas precisa de parcerias para a construção de novas ferrovias. Segundo Tebet, a inclusão de ferrovias no plano inicial foi propositalmente evitada para não criar a percepção de dependência. “As ferrovias são algo para daqui a dez anos”, explicou.
O programa Rotas reúne 190 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e contará com um orçamento de R$ 4,5 bilhões para 2024. Um relatório deverá ser publicado nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério do Planejamento do governo federal.
Entre as obras mais emblemáticas está a ligação ferroviária bioceânica, conectando o Brasil ao Pacífico via o porto de Chancay, no Peru. O traçado inicial, proposto ainda no governo Dilma Rousseff, foi descartado devido a impactos em áreas de preservação ambiental e terras indígenas, mas um novo trajeto está sendo analisado, com passagem pelo Acre.
O porto de Chancay, financiado pela China e inaugurado recentemente, será estratégico para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste e Norte do Brasil. Com operações previstas para março de 2024, o porto terá conexões diretas com Xangai e outros destinos asiáticos.
Além disso, outras rotas do programa já estão em andamento. Uma delas é a ponte binacional Brasil-Bolívia, sobre o rio Mamoré, ligando Guajará-Mirim (RO) a Guayaramerín, na Bolívia. Prometida desde 1903, a obra faz parte da Rota 3, chamada Quadrante Rondon, que conectará o Norte e Centro-Oeste a portos no Peru e Chile.
No contexto das parcerias com a China, projetos prioritários para o Brasil serão definidos nos próximos 60 dias. A ministra enfatizou a necessidade de expandir a cooperação internacional, incluindo instituições como o Banco do Brics e organismos multilaterais.
O Rotas busca integrar melhor a América Latina, onde apenas 14% do comércio ocorre dentro da própria região, comparado a 60% na Ásia e 68% na Europa. A expectativa é que, com as melhorias logísticas, o Brasil possa aumentar significativamente sua competitividade na região, especialmente em setores como o agronegócio.
Com informações do Valor Econômico
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