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Viúva de Erasmo Carlos desabafa nos dois anos da morte do cantor: ‘O tempo não aliviou nada’

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Viúva de Erasmo Carlos, Fernanda Esteves revelou que ainda não conseguiu superar a morte do cantor. Nesta sexta-feira, 22, data que marca dois anos desde o falecimento do artista, ela utilizou as redes sociais para fazer um desabafo comovente sobre o luto.


“Hoje faz dois anos que Meu Bem se foi, e eu vivi para ver e sentir cada segundo desse período. Embora muitos acreditem que não, inconveniente e incessantemente me chamam de volta à vida. Eu vivo, e esse é o castigo que chamam de luto,” escreveu Fernanda.
Em outro trecho, ela emocionou ao destacar a essência de Erasmo: “Erasmo era puro, e isso poucos conheciam. É isso. O tempo, até agora, não aliviou nada. Quem sabe a dose ainda esteja baixa,” concluiu.


Fernanda compartilhou sua dor e a dificuldade de seguir em frente após a perda de um grande amor. “Que bom ter te olhado, que bom você ter me olhado, que bom a gente ter se olhado por tanto tempo…se existir um lugar, continua me olhando, mesmo sem te ver, meu coração te acompanha”, escreveu.


Leia abaixo, na íntegra:



O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu no dia 22 de novembro de 2022, no Rio de Janeiro, vítima de uma paniculite complicada por sepse de origem cutânea. O artista tinha 81 anos e ficou 20 dias internado no Hospital Barra D’Or , alternando entre momentos de internação e de alta para tratar de uma síndrome edemigênica.


Ajuda para superar o luto
Desde a partida de Erasmo, Fernanda tem enfrentado várias fases do luto. Para ela, o que mais a irrita nesse período é quem procura consolá-la:


“Consolo raramente ajuda, ele irrita. A gente tem que ser reativo, sim. A vulnerabilidade atrai coisa que não é boa. A gente precisa encontrar um caminho. Eu sei que não é a intenção de alguém… Eu sei que eu preciso ‘superar’, ‘seguir em frente’, ‘continuar minha vida’, mas quais são os meios? A receita?”, disse Fernanda, em novembro do ano passado, em entrevista à TV Aparecida.


Ela, que já fazia terapia, manteve os encontros semanais com o psicólogo. Mas, no caso dela, precisou complementar a ajuda com algo a mais:


“O luto é a falta. Parar para pensar que a pessoa não estará mais na sua vida. É quase sintoma de ansiedade. Tenho futuro, preciso continuar vivendo e a pessoa não está mais na minha vida. Já fazia terapia, acho importante continuar, me ajudou muito, e chegou o ponto de achar que eu precisava de ajuda psiquiátrica, meu psicólogo concordou. Tem processo de luto que é mais fluido, mais tranquilo, mas pode ter processo de luto com obstáculos e você pode não aguentar, é você sozinha. É válido, essencial, procurar ajuda”.


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