Produtores do Acre lotam a Semana Internacional do Café em Minas

Começou na manhã desta quarta-feira, 20, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a Semana internacional do Café (SIC), o maior evento de café da América Latina. A expectativa é que até a próxima sexta-feira, 22, quando termina a feira, passem pela ExpoMinas mais de 20 mil visitantes de 40 países diferentes. Os números da SIC são impressionantes: estima-se que sejam realizados mais de R$ 60 milhões em negócios.

O Acre foi até Minas com uma delegação de cerca de 60 pessoas, entre técnicos e, principalmente, produtores rurais. Estão presentes no evento cafeicultores de 10 municípios, Brasileia, Porto Acre, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Senador Guiomard, Acrelândia, Feijó, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

Roberto Silva, produtor de Epitaciolândia, foi um dos finalistas da segunda edição do QualiCafé, concurso de café promovido pelo governo do estado, participa pela primeira vez da feira e fala da expectativa. “É uma oportunidade única de vir aqui aprender, trocar experiências. Nosso interesse é buscar mais conhecimento para que cada vez mais o café acreano seja reconhecido pela qualidade”, afirma Roberto.

Qualidade parece ser o diferencial do café especial acreano na SIC. O discurso de todos os produtores é que o Acre pode se tornar uma referência na qualidade do grão.

De Acrelândia, Vanderlei Lara planta café desde 1998, e é um dos produtores mais experientes e mais respeitados do estado. Hoje, tem um plantio de 14 hectares.

“Comecei a plantar café quando cheguei no Ramal Granada em Acrelândia. Mas o diferencial mesmo foi quando fiz uma viagem para o Espírito Santo e conheci o café clonal, que é especial, com semente selecionadas. Nossa intenção não é competir em quantidade com ninguém, mas temos potencial para competir em qualidade com qualquer lugar do Brasil. Vamos mostrar o é o nosso cafe”, conta.

Quem participa pela primeira vez da feira é o produtor rural de Xapuri, Sebastião de Souza. Classificado entre os melhores cafés do Acre, afirma que quer aprender o máximo possível. “Quando a gente começa a produzir café e quer um produto diferenciado, aprende que é preciso conhecimento. Estou muito satisfeito em está aqui, é uma oportunidade única”, afirma.