O Centrão já tem uma contraofensiva para barrar a discussão no Congresso da proposta que reduz a carga horária de trabalho, que hoje é de 6×1.
A ideia é não fazer uma oposição radical à proposta em um primeiro momento, mas, como alternativa, avançar em paralelo um projeto que proponha o pagamento de trabalhadores com carteira assinada por horas trabalhadas, como ocorre nos Estados Unidos.
O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), adiantou à coluna que, se a discussão do projeto da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) ganhar corpo, pode significar um “tiro no pé”, pois há mais chances de avançar a ideia de remunerar por horas trabalhadas do que a de implementar o esquema cinco por dois, que significa trabalhar cinco dias e folgar dois.
“É um factoide (a proposta da deputada) e o tiro pode sair pela culatra. Se brincar, a Câmara aprova o trabalho remunerado por horas”, disse.
Já há um movimento para coletar assinaturas para o “contra-ataque”.
A coluna conversou com empresários que participam da Conferência Lisboa, promovida pelo Lide Brasil em parceria com o UOL. É unânime que não cabe essa discussão de reduzir a jornada na realidade brasileira.
O diretor de uma empresa estrangeira que atua no Brasil disse que, se o país estivesse crescendo a 6% e em pleno emprego, seria válido, mas no atual cenário “é impensável”.
O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, comentou em rodas de conversas acompanhadas pelo UOL que a proposta do PSOL, encampada pelo governo Lula, pode aumentar a inflação, uma vez que o nível de desemprego está baixo.
Num artigo publicado pela FGV, sem relação com o tema, o economista José Márcio Camargo explica a correlação: “Quanto maior a taxa de desemprego, menos renda é gerada na economia, seja porque menos empregos são criados, seja porque os empregos criados pagam menores salários. O resultado é uma menor demanda por bens e serviços.”
Na esquerda, o tema é bem aceito. O senador Weverton Rocha (PDT-MA) também tem uma proposta que reduz jornada. Segundo ele, o ganho de produtividade compensa para o empregador, uma vez que funcionários mais descansados produzem mais. Nesse caso, porém, disse à coluna, seria preciso reduzir o imposto cobrado do empregador, uma vez que, em alguns setores, seria preciso aumentar a contratação.
O tema é mais aceito para áreas que possam ser remuneradas por produtividade. Ou seja, a pessoa precisa entregar o resultado de um trabalho, e ela pode fazer isso dentro do período estabelecido.
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