A construtora responsável pela obra do elevado da Dias Martins, em Rio Branco, já recebeu quase R$ 2 milhões em aditivos para corrigir erros de projeto e realizar adequações não previstas em contrato, a pedido do prefeito Tião Bocalom. Nesta quinta-feira (14), por exemplo, trabalhadores lixam e fazem acabamento na estrutura, que será pintada de azul.
De acordo com o fiscal do contrato e diretor de obras da Secretaria de Infraestrutura de Rio Branco, José Maurício Escobar, a ordem de serviço para o elevado da Dias Martins previa o investimento de R$ 15,8 milhões, mas já foram feitos pagamentos na ordem de R$ 17,7 milhões, sendo o maior impacto devido a erros no projeto. “A empresa contratada para fazer o projeto orçou a ferragem de um pilar e esqueceu dos demais, teve que ser feita a reprogramação. Os blocos foram orçados como se fossem externos, mas, na prática, eles ficam aterrados a 18m, então teve que perfurar, preencher com argamassa, não sei de onde tiraram que os blocos eram fora, porque se fossem fora não tinha como passar carro para as laterais. Mudamos o tabuleiro também de madeira com escoras para chapa de steel deck, melhoramos a capacidade de peso da estrutura. Há outra alteração a ser feita ainda que é a pintura das vigas de azul, haverá um acabamento de ACM, um LED do tipo faixa na lateral e um espelho de água em baixo, por causa de uma lei de que se uma pessoa ocupar ali pra morar ninguém pode tirar ele, então o prefeito decidiu por ocupar o espaço com espelho d’água para evitar essa ocupação”, disse.
Quanto aos erros de projeto, segundo Escobar, estes são comuns na administração pública, mas a gestão tem implementado uma ferramenta para mitigar o problema. “Infelizmente é algo que acontece, a empresa que faz o projeto não é a mesma que executa e acontecem essas discrepâncias. Estamos fazendo uso de um novo software, o BIM (Modelagem da Informação da Construção), que já vai casar o projeto com a viabilidade necessária para construção”, explicou o engenheiro.
O valor inicial de um contrato de obras públicas pode ser alterado em até 25%. No caso da Dias Martins, o limite de aditivos ficaria em R$ 3,9 mi, mas não há novas previsões de aditivos.
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