Acre já soma 223 mortes por diabetes entre 2023 e 2024

O Acre registrou 223 óbitos por diabetes mellitus entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, além de mais de mil internações relacionadas à doença no mesmo período, sendo a maioria dos casos de diabetes tipo 2. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) nesta quinta-feira (14), em alusão ao Dia Mundial do Diabetes.

Segundo o levantamento, em 2023 foram registradas 126 mortes, e até setembro de 2024 já ocorreram 97 óbitos por diabetes. Os dados mostram que 80 vítimas tinham entre 30 e 69 anos.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, cerca de 463 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pela doença, sendo que 1 em cada 2 adultos permanece sem diagnóstico (aproximadamente 232 milhões). A maior parte dos casos é de diabetes tipo 2. Além disso, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos convivem com diabetes tipo 1. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que, em 2019, mais de 13 milhões de pessoas viviam com a doença, e a estimativa é de que esse número atinja 21,5 milhões até 2030. Esse quadro é alarmante, considerando que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como o diabetes, são responsáveis por mais de 70% das mortes no país.

Para promover a conscientização e a educação sobre o diabetes, a Sesacre realiza o “Movimento Azul” no próximo sábado (16). O evento, organizado pelo Núcleo de Prevenção de Doenças Crônicas, Divisão de Promoção à Saúde e Departamento de Atenção Primária à Saúde, oferecerá aferição de pressão arterial, glicemia capilar e medidas antropométricas. As atividades ocorrerão no Lago do Amor, localizado na BR-364, em Rio Branco.

O Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro, foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os perigos da doença para a saúde e a mortalidade. A campanha visa conscientizar sobre o impacto do diabetes, incentivar políticas públicas que promovam a qualidade de vida dos portadores, estimular o diagnóstico precoce e orientar sobre os tratamentos adequados.