Cerca de 56 vigilantes que atuavam na segurança dos postos de saúde e das URAPs (Unidades de Referência de Atenção Primária) em Rio Branco foram informados de que serão demitidos, deixando essas unidades sem vigilância presencial. A informação foi confirmada ao ac24horas pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Acre (SESSPAC), Nonato Santos, nesta terça-feira, 12.
Santos explicou que os trabalhadores foram informados da demissão na última semana, e na segunda-feira, 11, receberam os avisos prévios, com término dos contratos previsto para dezembro. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou urgência na conclusão das rescisões. “Fomos pegos de surpresa com o pedido da Prefeitura para encerrar o contrato de segurança nas unidades de saúde. São 56 trabalhadores que agora ficarão desempregados, e o sindicato não pode se calar diante disso”, declarou.
O presidente do sindicato afirmou que pretende reunir a categoria para realizar uma manifestação em frente à Prefeitura, cobrando providências do prefeito Tião Bocalom. “Vamos também procurar os parlamentares para que expliquem o que está acontecendo. A Prefeitura alegou que está cortando gastos e que não há recursos para manter o contrato. Essa decisão prejudica tanto a categoria quanto a população, que ficará exposta à criminalidade nas unidades de saúde”, pontuou.
Inconformado, Nonato destacou que o secretário de Saúde, Eliatian Nogueira, afirmou que a segurança será feita por monitoramento eletrônico, usando câmeras já instaladas nas unidades. “Sabemos que isso não impede a criminalidade, que ignora a presença de câmeras. O que é necessário é a presença física dos vigilantes. Vamos nos mobilizar para que as autoridades tomem uma posição, pois o que está em jogo não é apenas o emprego desses trabalhadores, mas também a segurança da sociedade”, enfatizou.
A reportagem tentou contato com o secretário Eliatian Nogueira, que indicou o diretor de gestão Fabiano Lira para tratar do assunto. Lira, no entanto, não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
No entanto, o secretário de Comunicação da prefeitura, Aílton Oliveira, explicou que a decisão foi tomada devido ao encerramento do contrato e destacou que as unidades de saúde contam com câmeras de segurança. “O contrato acabou, e agora é preciso avaliar como proceder, se há necessidade de licitação, pois as unidades já dispõem de segurança eletrônica”, mencionou.
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