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Familiares de mulher morta a facadas protestam em delegacia: “a filha chama o pai de monstro”

Foto: TV Gazeta/cedida
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Familiares de Paula Gomes da Costa, de 33 anos, assassinada a facadas na frente da filha e em via pública por seu ex-marido no dia 27 de outubro, estiveram nesta quarta-feira (6) na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), no segundo distrito de Rio Branco, depois que o acusado do crime, Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, se apresentou na Delegacia de Flagrantes (DEFLA) nas primeiras horas da manhã de hoje (6) acompanhado do seu advogado.


Na Delegacia da Mulher, para onde Jairton foi encaminhado para os procedimentos formais, os familiares de Paula Gomes, que era carinhosamente chamada de “Paulinha”, cobraram do judiciário que a punição que será dada ao acusado seja compatível com a brutalidade do crime cometido. “Ele quer encontrar justificativa para ter matado a minha irmã, mas não há justificativa. O crime que ele cometeu foi bárbaro, botava a filha pra casa e dizia que era um ‘fardo’. Minha sobrinha [filha de Paula, que presenciou o assassinato da mãe] ficou traumatizada, quando vai sair na rua é agarrada na gente, chama o próprio pai de monstro”, disse Marta Cristina, irmã da vítima.


A delegada Elenice Frez Carvalho, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), afirmou que as diligências em buscas de Jairton começaram a ocorrer logo depois do cometimento do crime, e que a presença constante da polícia nos possíveis locais onde ele poderia estar podem tê-lo levado a se entregar. “Diante da pressão que estava havendo para o cumprimento do mandado, a família deve ter pressionado ele, pela perturbação gerada pelas buscas. Nesta manhã ele se entregou na DEFLA, foi encaminhado para cá [DEAM] e foram feitas as formalidades. Seguiu para a audiência de custódia e de lá deve ser encaminhado para a penitenciária”, afirmou. Na oportunidade de depor, de acordo com a delegada, Jairton ficou em silêncio.

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As investigações sobre o caso ainda estão em andamento e familiares e outras testemunhas, que por causa do luto ainda não tiveram condições de dar declarações, ainda serão ouvidas. Paula Gomes tinha medida protetiva contra Jairton Silveira e já havia ido até a delegacia informar o descumprimento da decisão judicial em ocasião anterior ao crime.


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