A sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira, 5, foi marcada por um desentendimento entre os vereadores João Marcos Luz (PL) e Rutênio Sá (UB), devido ao polêmico projeto de lei que busca proibir a presença de crianças na parada LGBTQIA+ em Rio Branco.
A questão voltou ao debate após a procuradoria da Casa Legislativa recomendar que os vereadores rejeitassem o projeto. No entanto, João Marcos usou a tribuna para lembrar que a procuradoria não tem poder para rejeitar o projeto, apenas para emitir uma opinião. Ele criticou a falta de disposição de alguns parlamentares em colocar o projeto para votação no plenário.
“A procuradoria não rejeita nada aqui na Casa, apenas dá uma opinião. O único órgão que pode rejeitar a matéria é a Comissão de Constituição e Justiça. Se não houver unanimidade na CCJ, o plenário deve decidir. Se o vereador não tem coragem de votar sim ou não, está no lugar errado”, criticou.
O conflito entre Rutênio e João Marcos começou após Sá questionar o regimento interno sobre a possibilidade de o líder de Bocalom ser relator do próprio projeto. Em meio à discussão, Rutênio lançou uma indireta, sugerindo que João poderia ser o relator para “a felicidade geral da nação.”
O líder do governo não ficou calado e respondeu pedindo o voto de Rutênio, ressaltando que ele, como cristão, não deveria “vir com gracinhas.” João afirmou: “Quero pedir o seu voto. O senhor disse que é cristão. Não pode demonstrar algo para a sociedade e, aqui, ser outra pessoa. Não venha com gracinha pra cima de mim não que o senhor me conhece. Vou pedir o seu voto e mostrar para a sociedade como o senhor vota.”