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Botafogo perde para Peñarol em jogaço nervoso, mas vai à final inédita

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O Botafogo perdeu por 3 a 1 para o Peñarol em um jogaço tenso em Montevidéu, mas usou a vantagem de cinco gols construída na semana passada e, mostrando tradições aos milhões, confirmou pela primeira vez em sua gloriosa história a vaga na final da Libertadores. O Atlético-MG é o adversário da equipe de Artur Jorge na decisão, que será disputada na Argentina dia 30 de novembro.


Báez (duas vezes) e Facundo Batista marcaram para os donos da casa, e Almada balançou as redes para os cariocas. O resultado não foi suficiente para os uruguaios avançarem dentro de um pulsante Estádio Centenário, que sediou um confronto com duas expulsões e muito nervosismo de ambos os lados.


A final da Libertadores volta a ser 100% brasileira depois de dois anos: em 2022, Flamengo e Athletico se enfrentaram no Equador — no ano passado, Fluminense e Boca Juniors protagonizaram a decisão.


Como foi o jogo


O 1° tempo teve pressão, tensão e golaço. O Peñarol fez uma blitz inicial e não causou muito perigo, mas Báez, com muita categoria, abriu o placar em um chutaço na casa dos 20 minutos. O gol deixou os brasileiros confusos e, por pouco, uma lambança não piorou a situação.


A etapa final começou com os uruguaios atuando com um a menos, mas um nervoso Mateo Ponte prejudicou o Botafogo: depois da expulsão do goleiro Aguerre, que agrediu John com um pisão logo após o árbitro Piero Maza apitar o intervalo, Ponte fez duas faltas duras em um minuto e também tomou vermelho em meio a um novo gol de Báez.


Os minutos finais tiveram um gol para cada lado: Almada cravou para o Botafogo, e Batista marcou logo na sequência antes do apito final.


Gols e destaques


Ataque? Sim. Perigo? Não muito… O Peñarol até ensaiou uma blitz inicial, mas Leo Fernández e Báez exageraram na empolgação. Os meias mostraram inspiração e comandaram as ações, mas pecaram na hora do chute em duas boas chances ainda nos primeiros lances da partida.


Alex Telles e Savarino incomodam. Depois do abafa uruguaio, o Botafogo saiu para o jogo e, se aproveitando do excesso de vontade do adversário, deu sua primeira finalização aos 21 minutos: Alex Telles, em cobrança de falta quase que da intermediária, assustou e errou, por pouco, o alvo. Pouco depois, Savarino arriscou e também ficou no quase.


Báez faz golaço. Os donos da casa voltaram a martelar a meta carioca e abriram o placar em um lance produzido por seus dois meias. Leo Fernández acionou Báez, que abriu espaço, ajeitou para a perna direita e acertou o ângulo de John, que chegou a tocar, sem sucesso, na bola: 1 a 0.


Trapalhada quase piora cenário. O gol ampliou a pressão do Peñarol, que quase ampliou logo depois com uma lambança da zaga brasileira: Pérez completou escanteio pela direita ao cabecear na trave e, no rebote, Danilo Barbosa deu um bico e atingiu o peito de Marlon Freitas — a bola espirrou e passou rente à trave, para alívio botafoguense.


Clima quente. Os minutos finais do 1° tempo ficaram marcados, depois de vários ensaios, por um clima tenso entre os jogadores. A confusão começou quando Cristóforo, reserva dos donos da casa, trombou com Matheus Martins assim que a bola saiu pela lateral. O atacante não demorou para “responder”, deu dois fortes carrinhos e tomou cartão amarelo.


Briga e expulsão de goleiro. Um momento inusitado marcou os primeiros segundos do intervalo. Antes mesmo de os atletas partirem para os vestiários, uma discussão de goleiros gerou expulsão de Aguerre, do Peñarol: o uruguaio bateu boca com John e, assim que o brasileiro virou de costas, deu um pisão no tornozelo do rival antes de instaurar um princípio de confusão e ser expulso por Piero Maza.


Árbitro anula pênalti (e gol). O 2° tempo começou com o Botafogo mais controlado e com Almada no lugar de Matheus Martins. O meia fez a diferença em pouco tempo e acionou Tiquinho, que tentou driblar e viu Rodríguez bater na bola com o braço. O lance sobrou para Vitinho, que tocou para o gol vazio em meio à marcação de pênalti. O problema é que o VAR, José Cabero, alertou o árbitro de campo, que invalidou a jogada após revisão.


Replay? Báez repete golaço. Mesmo com um homem a menos, o Peñarol chegou ao 2° gol — e novamente com Báez. O meia recebeu de novo pelo lado esquerdo do campo, limpou a marcação e cravou um chutaço à meta de John: 2 a 0.


Mateo Ponte faz duas faltas seguidas e é expulso. O Botafogo perdeu Mateo Ponte, que havia substituído Vitinho, em cerca de um minuto. Primeiro, o lateral deu uma solada em Lucas Hernández, e logo depois acertou Báez no campo de defesa. Resultado? Dois cartões amarelos e um vermelho para o uruguaio, que reacendeu as arquibancadas do Centenário.


Almada marca, mas Batista crava resultado. O Glorioso carimbou sua vaga com o DNA da equipe de Artur Jorge: a rapidez. Em contra-ataque, Almada disparou e deixou Marlon Freitas na cara do gol, mas o meio-campista rolou para o argentino empurrar para o gol vazio e aliviar os brasileiros. Logo depois, Facundo Batista cravou o 3 a 1 e determinou o resultado, que garante os botafoguenses na decisão.


FICHA TÉCNICA
PEÑAROL 3×1 BOTAFOGO
Data e horário: 30 de outubro de 2024, às 21h30 (de Brasília)
Competição: volta da semifinal da Libertadores
Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU)
Árbitro: Piero Maza (CHI)
Assistentes: Claudio Urrutia (CHI) e Miguel Andrés Svigilsky (CHI)
VAR: José Cabero (CHI)
Cartões amarelos: Bastos, Matheus Martins, Vitinho, Mateo Ponte (BOT)
Cartões vermelhos: Aguerre (PEN); Mateo Ponte (BOT)
Gols: Báez (PEN), aos 31 min do 1° tempo e aos 20 min do 2° tempo; Almada (BOT), aos 42 min do 2° tempo; Facundo Batista (PEN), aos 43 min do 2° tempo


PEÑAROL: Aguerre; Milans (Avenatti), Méndez, Rodríguez e Maxi Oliveira (Lucas Hernández); Damián García (De Amores), Pérez, Báez e Leo Fernández; Sequeira (Sosa) e Maxi Silvera (Facundo Batista). Técnico: Diego Aguirre


BOTAFOGO: John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos (Allan), Adryelson e Alex Telles; Danilo Barbosa, Marlon Freitas, Tchê Tchê (Eduardo) e Savarino (Alexander Barboza); Matheus Martins (Almada) e Tiquinho Soares. Técnico: Artur Jorge


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