O médico e apresentador Fabrício Lemos entrevistou no programa Médico 24 Horas exibido nesta segunda-feira (28), nas redes sociais e site ac24horas, a médica radiologista Rita Pereira. Com experiência na área oncológica, Rita falou sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
De acordo com a radiologista, as descobertas de câncer de mama acontecem, na maioria dos casos, numa fase mais avançada da doença, e por isso é essencial que as mulheres façam exames de rotina. “Seguindo uma tendência nacional, no Acre o câncer de mama mais comum é o carcinoma ductal. Infelizmente, a gente ainda pega muito ele na fase invasiva, que não é a fase ideal para a detecção. O ideal seria detectar esse câncer na fase in situ, uma fase ainda microscópica, micro, que aparecem como pontinhos brancos na mamografia, o que nós chamamos de microcalcificações”, disse Rita. O câncer de mama identificado na fase in situ, segundo estudos, dá a paciente a chance de 98% de cura.
Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia – CBR e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO, a orientação médica é de que mulheres de 40 anos ou mais façam o exame da mama anualmente. “A gente percebeu que a população feminina vêm tendo o câncer com idade mais precoce. O Ministério da Saúde preconiza essa idade como 50 anos, mas na prática recomendamos 40. Se a paciente tiver fator genético, histórico familiar com mãe, tia materna ou irmã ter tido câncer de mama, o risco dela é maior do que a população em geral; consequentemente, pedimos para que essa paciente faça exames a partir de 35 anos ou 10 anos mais cedo que o diagnóstico da pessoa próxima com histórico”, afirmou a radiologista.
Dra. Rita Pereira diz que enquanto há pessoas que ainda temem em fazer os exames de rotina, há, por outro lado, dificuldade de acessibilidade para pessoas moradores de comunidades e municípios isolados. Para ela, é necessário um esforço do poder público para levar as mesmas condições de saúde a todos os acreanos.
Veja a entrevista completa com a Dra. Rita Pereira: