O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul não achou o corpo e suspendeu as buscas por Pedro Cavalcante da Silva, 65 anos, vítima de um homicídio ocorrido na comunidade Ouro Preto, zona rural de Guajará, no Amazonas, no último dia 22. Pedro teria sido atingido por um disparo de arma de fogo e desaparecido nas águas do Rio Juruá. O subtenente Iranilson Neri informou que a equipe do Corpo de Bombeiros do Acre foi acionada pela Delegacia de Polícia Civil de Guajará, iniciando as operações na quarta-feira, 23 de outubro.
Uma equipe de quatro bombeiros foi enviada ao local, situado no Baixo Juruá, a cerca de 220 quilômetros de Cruzeiro do Sul. As buscas duraram três dias, incluindo dois dias de varredura detalhada e um dia de busca superficial. “Infelizmente, não conseguimos localizar o corpo. Há uma imprecisão sobre a localização exata, pois dependemos apenas do relato do acusado, que afirmou ter atirado na vítima, mas sem testemunhas oculares do fato”, relatou.
As dificuldades das buscas são agravadas pela baixa visibilidade nas águas turvas do Rio Juruá, exigindo que os mergulhadores atuem no modo “às cegas”, usando apenas o tato para explorar áreas de 4 a 5 metros de profundidade e uma extensão de cerca de 500 metros. Segundo o subtenente, as condições ambientais, como a temperatura da água e a correnteza, também influenciam na decomposição do corpo e no tempo de buscas. A equipe de busca do Corpo de Bombeiros já retornou a Cruzeiro do Sul.
Pedro teria sido morto por Mateus Fernandes Soares, 26 anos, que matou também com tiros, Miguel Calvacante da Silva, 53 anos e Adair José da Silva, 45 anos, de Guajará. De acordo com o infrator ele atingiu Pedro com o disparo de arma de fogo, e homem teria caído na água e desaparecido.