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Diretora de escola no Bujari é afastada e denuncia perseguição por não apoiar prefeito à reeleição

Por
Leônidas Badaró

No município do Bujari, a eleição já passou, mas as confusões ainda permanecem. Leudimara Martins, diretora da escola Edmundo Pinto, a maior do município, com mais de 600 alunos, foi afastada da direção da unidade escolar, acusada de assédio moral contra servidoras terceirizadas.


Ocorre que Leudimara afirma que não praticou nenhum assédio e denuncia que seu afastamento é resultado de perseguição política por ter apoiado a candidatura de Michel Marques, do União Brasil, adversário do prefeito Padeiro (PDT), que acabou reeleito.


“Eles estão me acusando do que não fiz, até porque essas servidoras terceirizadas foi a prefeitura que colocou. Estão tentando me arrancar da direção de qualquer jeito, mesmo eu tendo sido eleita pela comunidade. Eu tenho provas de servidores que nunca fiz nada, mais de 24 anos que estou na educação municipal e tenho uma história limpa”, diz Leudimara.


Chorando muito, a diretora se diz injustiçada. “Eles montaram uma sindicância, a secretária me chamou, disse que eu estava sendo afastada, mas que não sabia o motivo do afastamento. Abriram uma sindicância, formada por servidores escolhidos a dedo, são pessoas ligadas à administração municipal que recebe gratificação para me massacrar”.



A diretora da unidade de ensino ainda a acusa a Comissão de Sindicância de não cumprir com as normas do regimento interno da escola. “Já estava tudo tão premeditado, que rapidamente colocaram uma outra pessoa no meu lugar, publicaram no Diário Oficial, só que nem leram a normativa. Quem teria que assumir no meu afastamento era a minha vice, já que a gestão não caiu, eu apenas fui afastada, mas uma comprovação de perseguição”, explica.


A reportagem do ac24horas teve acesso à portaria que afastou Leudimara Martins das funções. Conforme o documento, o afastamento atende recomendação do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e vai apurar as denúncias de assédio e coação moral contra servidoras.


Em relação às denúncias de perseguição política, Maria Odete Leal, Secretária de Educação de Bujari, foi procurada, mas não se manifestou até o momento. O espaço segue à disposição, caso haja interesse em uma manifestação por parte da gestora.


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Leônidas Badaró

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