A situação de erosão no Calçadão do Novo Mercado Velho, localizado no Centro de Rio Branco, continua avançando. A Defesa Civil decidiu interditar mais uma área, que inclui cerca de 12 imóveis situados na parte final do Novo Mercado Velho, a partir desta sexta-feira, 25.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, os proprietários já estão proibidos de abrir seus estabelecimentos nesta sexta-feira. Com a área de 270 metros isolada, será necessário retirar os bens dos imóveis. Um laudo geológico indicou que o solo está cedendo aproximadamente 1 centímetro a cada dois dias. O parecer técnico, concluído nesta semana, sugere que o monitoramento revelou a progressão do problema e recomenda a proibição do trânsito de pedestres na região.
Batista afirmou que a Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo está providenciando a documentação necessária para um inventário dos imóveis, visando solucionar a situação dos comerciantes, seja por meio de indenização ou realocação. “Estamos dialogando com os proprietários desses imóveis. A ideia é coletar toda a documentação necessária para o inventário das lojas devido à necessidade de desapropriação. O processo de erosão, que afeta uma área de mais de 250 metros do mercado, continua, o que preocupa a Defesa Civil do Estado, pois há laudos geotécnicos apontando que a situação é crítica. Precisamos isolar a área e garantir que ninguém transite por ali”, destacou Batista. A prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil Municipal, também está envolvida nas negociações para encontrar soluções.
Situação pode agravar com o período chuvoso
O coronel alertou que o período chuvoso poderá agravar o processo de erosão, causando novos desmoronamentos. “Não sabemos quando esse fenômeno pode piorar, pode ocorrer a qualquer momento. Com o início do período chuvoso, chuvas mais intensas podem acelerar a erosão. Por isso, o isolamento é necessário, e já realizamos reuniões com os proprietários, enquanto a prefeitura e a Defesa Civil Municipal continuam tratando com os inquilinos”, explicou.
Carlos Batista também destacou que, após a conclusão das obras, é pouco provável que os comerciantes possam retornar ao local, já que não há um prazo definido para o término das intervenções no entorno do Mercado Velho. “Não haverá retorno, pois é uma obra complexa que envolve um talude de mais de 150 metros, áreas tombadas, uma ponte e o mercado. Estudos detalhados são necessários para entender todo o processo erosivo e encontrar uma solução definitiva. Isso exigirá tempo e recursos consideráveis”, concluiu.
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