A semana política no Acre foi passada a limpo nesta manhã de sexta-feira, 25, em mais uma edição do Boa Conversa, levado ao ar pelas redes sociais do ac24horas, com a participação dos jornalistas Marcos Venicíos, Astério Moreira e Luís Carlos Moreira Jorge.
Um dos assuntos foi a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Rio Branco para a próxima legislatura. Diferente do primeiro mandato, a análise agora é a de que o prefeito reeleito Tião Bocalom deve interferir.
“A Eleição de Mesa Diretora é muito difícil, se não tiver um consenso, porque pode ser decidida em um voto. Creio ser muito difícil que o Bocalom não faça uma intervenção. No primeiro mandato, teve aquela empáfia de que não precisava da Câmara e até ensaiaram um impeachment contra ele”, lembrou Luis Carlos.
Até agora, existem postos os nomes dos vereadores Samir Bestene (PP), Joabe Lira (UB) e do atual presidente, Raimundo Neném (PL). “Joabe é o nome da simpatia do prefeito, por ser de sua confiança, mas te o grupo eleito de cinco vereadores que já declararam que são da base, mas que não foram eleitos com o apoio da prefeitura e se dizem independentes. É uma eleição decidida aos 45 minutos do segundo tempo e deve ficar para o final de janeiro do próximo ano”, declarou Astério Moreira.
Ainda sobre a Câmara de Rio Branco, a semana foi marcada pela aprovação de dois Projetos de Lei polêmicos. O primeiro, “Bíblia na Escola” de autoria do vereador Arnaldo Barros (Pode), que não conseguiu a reeleição, já foi alvo de uma recomendação do Ministério Público para que não seja aprovado pela prefeitura, por ferir o princípio do Estado Laico. “O lugar onde mais tem Bíblia é no presídio, escola é instituição de Estado, que é laico. Não estamos no Irã, se for assim, qualquer vereador pode criar uma lei para ter o Alcorão em uma escola”, analisa Astério.
Luis Carlos definiu que o PL não tem segurança jurídica. “Esse Projeto de Lei não resiste a um sopro jurídico e estranha porque tem uma Procuradoria Jurídica na Câmara que deveria ter orientado sobre isso”.
As eleições de 2026 também movimentaram o programa. Jorge Viana declarou que não há possibilidade de uma candidatura sua a deputado federal e que vai ser candidato ao senado daqui a dois anos. “Em um cenário com cinco ou seis candidatos, é um forte nome porque serão dois votos. Me disse que a partir de maio, deve se fazer mais presente ao Acre para começar a pensar em sua candidatura. Deve contar com o apoio forte do presidente Lula, já que a avaliação do Governo Federal é a de que um senador é mais importante do que um governador”.
O retorno esta semana do prefeito Bocalom às agendas públicas após as supostas ameaças de morte também foi abordado pelo programa. Luis Carlos conta ter recebido informações de que não há o envolvimento de facções no caso. “A informação que tive é que não tem nada de facção no meio e está descartada atentado político. Um gaiato mandou uma mensagem, depois apagou assim que fez a postagem e a polícia está atrás de descobrir quem é. Era preciso investigar, afinal é uma ameaça à autoridade municipal”.
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