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Acre não compila dados de violência contra médicos

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Uma pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) esta semana revela que o Estado do Acre é o único da federação que não possui registros em sua base de dados sobre violência contra médicos. A informação foi destacada no levantamento nacional divulgado na Agência Brasil, que mostra um quadro alarmante: a cada três horas, um médico é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde público ou privado no Brasil.


O estudo abrange boletins de ocorrência registrados entre 2013 e 2024 em delegacias de polícia civil de todos os estados brasileiros. O Acre, no entanto, afirmou não ter dados disponíveis. Além do Acre, o Rio Grande do Norte não encaminhou as informações solicitadas a tempo. Apesar da ausência de informações, o panorama geral no país mostra uma escalada da violência no ambiente de trabalho dos profissionais da saúde.


De acordo com o CFM, o Brasil tem uma média de nove casos diários de violência contra médicos. Entre 2013 e 2023, foram registrados mais de 38 mil boletins de ocorrência envolvendo agressões verbais e físicas, ameaças, injúria, desacato, e até mortes suspeitas de médicos dentro de unidades de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios.

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A maior parte dos casos de violência ocorre em municípios do interior do país, e os agressores, em sua maioria, são pacientes, familiares de pessoas atendidas ou desconhecidos. O levantamento também apontou que 47% das vítimas são mulheres, e que grande parte dos ataques acontece dentro de hospitais, especialmente em prontos-socorros e unidades de terapia intensiva.


São Paulo é o estado que lidera em número absoluto de registros, com mais de 18 mil ocorrências, seguido pelo Paraná e Minas Gerais.


De acordo com os dados, 45% dos ataques a médicos em São Paulo (8,4 mil casos) ocorreram dentro de hospitais (pronto-socorro, CTI e UTI, centro cirúrgico, consultório). Em seguida, entre as maiores ocorrências, estão os postos de saúde (18%), clínicas (17%), consultório (9%). O restante ocorreu em laboratórios, casas de repouso e outros tipos de estabelecimentos.


O Paraná, que aparece como o quinto estado com a maior quantidade de médicos, aparece em segundo lugar no ranking da violência contra profissionais de saúde em estabelecimentos de saúde. Foram registrados, pelo menos, 3,9 mil casos de ameaça, assédio, lesão corporal, vias de fato, injúria, calúnia, difamação, desacato e perturbação do trabalho contra médicos na unidade da Federação entre 2013 e 2024 – a maior parte se refere à lesão corporal. Curitiba concentra 12% dos registros.


Em terceiro lugar está Minas Gerais, que é o segundo estado com o maior número de médicos do Brasil. A Polícia Civil da unidade da Federação registrou 3.617 boletins de ocorrência, sendo 22% deles na capital, Belo Horizonte.


Com informações da Agência Brasil


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