POR MARCOS VENICIOS/SAIMO MARTINS
De vários vereadores colocados na disputa pelo comando da câmara de Rio Branco a partir de 2025, pelo menos dois nomes despontam caso ocorra um consenso. O vereador reeleito Samir Bestene (PP) com 5.704 votos, o segundo mais votado nas eleições de 2024, poderá formar uma dobradinha política com o vereador eleito Joabe Lira (UB) com 4.089 votos, semelhante como ocorre na Assembleia Legislativa entre os deputados Nicolau Júnior (PP) e Luiz Gonzaga (MDB), que revezam de dois em dois anos o comando da mesa diretora entre a presidência e a primeira-secretaria, os principais cargos da casa.
As tratativas para que isso ocorram contariam com o apoio do Palácio Rio Branco e a Prefeitura de Rio Branco, que publicamente afirmam que não interferem na composição, mas que nos bastidores buscam o consenso entre aliados. Os partidos que apoiaram Bocalom elegeram pelo menos 13 vereadores, o que garantiria a maioria para eleger a mesa diretora com tranquilidade, caso haja uma união ampla entre as siglas.
Os grupos que defendem um consenso entre Samir e Joabe trabalham também em uma reaproximação com o MDB, que tem o vereador eleito Eber Machado, que dos eleitos emedebistas, é o mais aberto para conversas políticas.
Não se sabe ainda quem iniciaria como presidente e primeiro-secretário a partir de 2025, o fato é que dois anos depois, a troca de funções deveria ocorrer e para isso ocorrer Lira e Bestene deveriam empenhar as suas palavras.
A priori, Bestene seria presidente primeiro, por ter interesse de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026, o que facilitaria para Joabe assumir o comando da casa logo em seguida.
O vereador eleito Joabe Lira (UB) confirmou a possibilidade de união com o também vereador reeleito, Samir Bestene. “Existe essa possibilidade, com certeza, acho que mais é uma questão partidária e o União Brasil elegeu três e abriu mão do vice, o PP tem o vice, acho que essa conjuntura entre os dois partidos é viável. Estou à disposição para compor a mesa diretora”, comentou.
Samir declarou que existe a possibilidade da composição, mas afirmou que não tem nada fechado até o momento. “Existe a possibilidade e pode ser uma formação boa. A gente está conversando com os vereadores, com União Brasil, PL, existe uma vontade da União ter essa conjuntura na mesa, mas não tem nada formado e nem fechado. Não tem como a mesa não ser formada por esses três partidos, PP, União Brasil e PL compondo os principais cargos”, disse.