A candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Acre, Marina Belandi, e seu candidato a vice-presidente, Adriano Iurconvite, assinaram nesta segunda-feira (21), o registro da chapa “OAB em Defesa da Advocacia”, acompanhados de centenas de apoiadores que os seguiram em carreata e os recepcionaram com fumaça azul na sede da instituição. É a primeira vez em 92 anos que uma mulher se candidata à presidência da OAB/AC.
Na ocasião, Belandi disse estar positivamente surpresa com o apoio recebido à candidatura. “Eu estou muito feliz, até emocionada, porque o apoio tem partido de pessoas, muitas vezes, que nem me conhecem. Somos um time que veio para trabalhar em prol da advocacia, que atende todas as áreas, todos os nichos da advocacia”, afirmou.
Marina afirmou que a chapa “OAB em Defesa da Advocacia” propõe a defesa das prerrogativas, valorização da advocacia com escuta ativa e proatividade. Outro ponto fundamental entre suas propostas é a expansão da Escola Superior, melhorias de trabalho para servidores da OAB e da CAAAC, com cursos de capacitação, melhorias salariais, plano de cargos e carreiras, além de intensificação das políticas de paridade de gênero, igualdade racial e inclusão.
“Eu fui uma das idealizadoras do Mais Mulher na OAB, lá em 2013, 2014. Então a paridade de gênero, igualdade racial e inclusão é uma luta de anos, a gente já vem de anos fazendo o levantamento dessas bandeiras”, conclui Belandi.
Adriano Iurconvite, ressaltou que parte dos integrantes da chapa são frutos de exclusões de panelas anteriores. “O que nós queremos é uma evolução da OAB, porque dizem que as gestões passadas tinham panela, mas hoje se vê que a panela é da gestão atual. Eu nunca fiz parte da comissão da OAB, nunca fiz parte da OAB em questões passadas em mandatos passados, mas agora montamos um grupo diversificado, que quer contribuir para uma melhor OAB. Além de ser advogado eu sou há 12 anos professor, só aqui no Acre, e eu prezo, prego e luto por essa inclusão”, disse.
Maísa Justiniano Bichara Martins, professora universitária há 12 anos e advogada há quase 17, foi uma das pessoas a acompanhar o registro de chapa na OAB e falou que se sente representada: “Nesses quase 17 anos de profissão é a primeira vez que vejo uma mulher nos representar. O que nós estamos fazendo hoje é história, nós estamos hoje colocando a pedra fundamental em uma história que poderia ter sido escrita há muito tempo, porém, por mais que nós mulheres estejamos sempre lutando, querendo um lugar, nós nunca conseguimos. É um dia de festa para nós, mulheres, e para a classe como um todo”.