Com TDAH, menino de 9 anos declara amor à educação especial em escola pública no Acre

Por Kennedy Santos

Relações de amor podem existir em qualquer ambiente. Em Rio Branco, um menino de 9 anos, estudante do terceiro ano da Escola Estadual Francisco Salgado Filho, no bairro Esperança, diz amar a escola e o tratamento diferenciado que recebe dos professores e mediadores da Educação Especial, apoiados pela Central de Referência em Educação Especial, da Secretaria de Estado de Educação do Acre.

Admir Zion Lopes Machado, diagnosticado com TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e sob investigação de TEA (transtorno do espectro autista), chegou à escola pública em 2024. “Ele estudou em escola particular, mas eu sentia que não havia atendimento às demandas dele. Pesquisei e encontrei a Salgado Filho, onde ele recebe todo suporte que precisa e se desenvolveu incrivelmente bem”, avalia a mãe, Vanessa Lopes Machado.

“Eu amo minha escola. Lá ‘as tias’ cuidam bem de mim, quando estou nervoso, seguram minha mão, me acalmam, minhas notas até subiram”, disse Zion.

Suzyana Correia da Silva, professora regente da sala de Zion, destaca a mudança notável do progresso escolar do menino, mas também na sua capacidade de estabelecer relações. “Inicialmente, fizemos com ele um trabalho com ele na parte social, na maneira de se comunicar com a gente, com os colegas. Ele passou a se sentir melhor no ambiente e todo o processo pedagógico dele fluiu de maneira diferenciada, se sente capacitado pra tudo”, afirmou.

Em maio deste ano, o governo do Acre entregou à população a primeira Central de Referência em Educação Especial do Brasil, um espaço destinado a atendimento aos alunos com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista – TEA, Altas Habilidades/Superdotação, Transtornos Específicos de Aprendizagem, Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH e Transtornos do Processamento Auditivo Central, por meio de avaliação com ou sem laudo médico, que apresentem dificuldades nos aspectos cognitivos, socioemocionais, comportamentais e de autonomia, como também atendimento e orientação às famílias destes estudantes.

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