O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade foi celebrado na última sexta-feira (11), e o Ministério da Saúde reforçou a importância da conscientização da população sobre os riscos dessa doença crônica e a adoção de hábitos saudáveis para sua prevenção. A obesidade acomete pessoas de todas as idades e está associada a diversos problemas graves de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de estigmas e estereótipos preconceituosos relacionados ao excesso de peso, que podem desencadear problemas psicológicos, depressão, baixa autoestima e angústia.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaira de Vigilância em SAúde e Ambiente (SVSA), realiza uma pesquisa por telefone com adultos em cada uma das capitais brasileiras chamada Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). A Vigitel mostrou que a obesidade segue em crescimento desde 2006, quando correspondia a 11,8% dos entrevistados.
Em 2023, ela chegou a 24,3% do público. No mesmo período, em Rio Branco, capital do Acre, cerca de 25,3% dos homens e 26,9% das mulheres estão obesos.
De acordo com o Institute for Health Metrics and Evaluation de 2020, estima-se que, em 2019, o sobrepeso e a obesidade foram responsáveis por aproximadamente 8,8% do total de mortes no mundo, e 12,6% no Brasil, caracterizando-se como uma das principais causas de óbitos.
Enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis
Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade pode impactar diretamente a qualidade e a expectativa de vida das pessoas afetadas. Para a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent) do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, o monitoramento constante de indicadores sobre o estado nutricional e o consumo alimentar são fundamentais para se conhecer a saúde da população.
“O planejamento e a avaliação das políticas públicas depende do monitoramento constante e oportuno. Esses indicadores ajudam a medir o progresso ou pontos de atenção em relação às metas globais e nacionais no enfrentamento dessas doenças”, afirma Letícia.
Alimentação saudável e atividade física
A prevenção da obesidade é a melhor estratégia para garantir a saúde e o bem-estar da população desde a infância. Sabe-se que o padrão alimentar relacionado às doenças crônicas não transmissíveis é caracterizado, especialmente, pelo baixo consumo de alimentos in natura e minimamente processados em paralelo ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. A obesidade está mais relacionada à qualidade do que se come do que à quantidade ingerida. Além disso, outros fatores, como a falta ou insuficiência de atividade física, também desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.
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