O prefeito eleito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno, é o convidado do Bar do Vaz desta quarta-feira (16). O médico volta à prefeitura a partir de janeiro de 2025, após ter administrado o município entre 2013 e 2016.
Ao jornalista Roberto Vaz, Damasceno afirmou que está mais maduro e que a experiência do primeiro mandato vai ser importante para não repetir os mesmos erros.
“Uma coisa que faltou no primeiro mandato foi mais diálogo com a população. Na minha administração, a palavra de ordem vai ser oportunidade, de uma saúde melhor, de mais educação, emprego e renda”, disse.
Durante sua primeira gestão, aconteceram críticas ao então prefeito pela suspeita de ingerência de seu tio, Raimundinho Damasceno, um dos principais empresários da região na administração municipal.
“O que posso dizer é que não vai haver nomeações de parentes diretos. Hoje, a prefeitura é um cabide e isso não vai acontecer. Em relação ao meu tio, que é um grande empresário, não vai ter participação, o que não posso é impedir de participar de uma licitação, que é pública e segue critérios legais”, explicou.
Questionado os motivos de não ter “sofrido” a rejeição sentida por Marcus Alexandre em Rio Branco, já que também foi do PT no tempo em que era prefeito, Damasceno, eleito pelo PP, afirma que teve uma transição maior. “Eu acho que posso dizer que tive um período de quarentena maior, antes desta eleição, eu já tinha disputada uma outra pelo Podemos. No interior, há muito mais essa identificação com o candidato e menos com o partido”, explica.
Rodrigo Damasceno travou uma batalha eleitoral com a atual prefeita, Maria Lucinéia (PDT), a vencendo por pouco mais de 600 votos. O prefeito eleito fez crítica à postura da atual gestora que, na semana passada, durante abertura do Festival do Abacaxi, fez previsões sombrias ao dizer que vai haver ‘ranger de dentes’ no município. “Não vou profetizar e nem desejar mal a ninguém. Isso é terrorismo religioso, alguém chegar em um palanque e dizer que vai ter ranger de dentes, mais ainda quando é uma festa feita com dinheiro público. Nenhuma praga vai pegar em Tarauacá”, afirmou.
Apesar das diferenças, ainda mais acirradas durante a eleição, Damasceno afirmou que não vai promover ‘caça às bruxas’. Dias antes da eleição, a casa da prefeita Néia foi alvo da Polícia Federal, que cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma operação que investiga desvio de recursos públicos em Tarauacá. “Eu não tenho esse poder de mandar prender ninguém. Inclusive, foi dito que era uma armação, como se eu tivesse o poder de interferir nas ações da Polícia Federal. O que não posso ser é omisso, vamos fazer análise e se tiver algo errado, vamos passar às autoridades, mas meu objetivo não é fazer caças às bruxas”, disse.
Assista a entrevista na íntegra:
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