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Setor de hemodiálise da Fundhacre será fechado e pacientes transferidos para clínicas

Por
Leônidas Badaró

Pacientes e familiares de quem precisa fazer hemodiálise na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) estão preocupados com a falta do tratamento no local. O setor está fechado. “Nós estamos muito preocupados, minha mãe precisa fazer hemodiálise para não morrer. Situação angustiante”, conta o filho de uma paciente que prefere não ser identificado.


A reportagem do ac24horas procurou a Secretaria Estadual de Saúde e a direção da Fundhacre e confirmou que a unidade de saúde não está fazendo a hemodiálise, que é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não consegue fazer.


Conforme o secretário de saúde, Pedro Pascoal, a falta de atendimento está sendo ocasionada pelo desabastecimento de um dos insumos, mas que os pacientes estão sendo transferidos para clínicas particulares de Rio Branco. “Nós tivemos um desabastecimento temporário de um dos insumos fornecidos por um contrato aqui pela Fundação Hospitalar e no intuito de não deixá-los desassistidos para que nós mantivéssemos as sessões dos nossos pacientes sem nenhum tipo de interrupção, esses pacientes foram remanejados de forma temporária para as clínicas que hoje são contratualizadas através da Fundação Hospitalar”, disse.


Atualmente, 64 pacientes fazem hemodiálise na Fundação. Apesar de falar em remanejamento temporário, Pedro Pascoal confirma que há a intenção do governo em fechar o setor de hemodiálise do hospital. “Nós estamos estudando a viabilidade técnica e financeira para a transferência desses pacientes, em um segundo momento, para essas clínicas, para que o espaço hoje utilizado pela nefrologia seja transformado em mais leitos de terapia intensiva”, afirmou.


A presidente da Fundação Hospitalar, Ana Beatriz Souza, confirmou que esteve, junto com sua equipe, visitando as clínicas credenciadas, e que o serviço deve ser fechado na Fundhacre, mas garantiu que os pacientes não serão prejudicados.


“O que aconteceu foi a não entrega de um material, que é uma solução que utilizamos na máquina de hemodiálise e os 64 pacientes não estão sem assistência. As clínicas têm a quantidade até a mais de pacientes. Ontem, 14, fomos pessoalmente visitar as clínicas, falamos em acolhimento, em recepção, em mantimento do horário que os pacientes já tinham aqui. Existe um estudo em transformar hoje esse espaço que eles têm da nefrologia, da hemodiálise, apenas em leitos de UTI, abrindo mais leitos para a capital, que é nosso grande déficit”, explicou.


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Leônidas Badaró

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