A GRANDE CHARADA a ser decifrada até 2026, é descobrir se a vice-governadora Mailza Assis, será candidata a governadora ou não. Ela é uma das peças centrais da sucessão do governador Gladson Cameli, pelo fato de que, quando este se afastar em 2026 para disputar uma das vagas do Senado, ela assumirá o governo. A chave do cofre na eleição estará com ela. Tem o fato do seu partido ter eleito 14 prefeitos. Qualquer peça que for mexida no tabuleiro da disputa do Palácio Rio Branco passará pela sua decisão de disputar mais um mandato ou não. Muito contida, Mailza não fez ainda nenhuma declaração formal de que será candidata. A alguns amigos, ela tem dito que sim. Enquanto ela não fizer um movimento oficial sobre o seu destino político, o quadro continuará nebuloso. E a charada sem ser decifrada.
PARA SE DEBRUÇAR
AS DECLARAÇÕES do vice-presidente do MDB, Tanízio Sá, debitando parte da culpa da derrota do Marcus Alexandre (MDB) à aliança com o PT e demais partidos de esquerda, motivou uma resposta do presidente do PT, Daniel Zen, enviada ao BLOG: “A culpa da derrota é toda deles (MDB). Disseram que tinham dinheiro, não tinham um pau para dar num gato. Colocar a culpa no PT, na esquerda ou quem quer que seja é de uma covardia sem limites. Se nós tivéssemos lançado candidatura própria, certamente não ganharíamos, mas, a diferença do Bocalom pro Marcus seria ainda maior”.
FRACO E OPORTUNISTA
ZEN ainda considerou o discurso das lideranças do MDB, como típico de um partido fraco e oportunista. “Ao invés de olhar e fazer crítica ao adversário que abusou da máquina pública e patrolou eles, preferem atacar um aliado (sic) que tem fragilidades momentâneas na sociedade. Seguirão sendo medíocres”.
ALIANÇA DE SOMBRAS
OS DISCURSOS de troca de responsabilidades na derrota do ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), apenas trouxe à tona o que já se sabia nos bastidores. A aliança PT e MDB existiu apenas no papel, tanto é que as lideranças petistas e dos demais partidos de esquerda foram vetadas de aparecer nas peças publicitárias da campanha do Marcus Alexandre (MDB). Assim, morre uma aliança que nunca existiu na plenitude. Foi uma aliança de sombras e na sombra.
NINGUÉM GANHA LISO
O ERRO maior na campanha do Marcus Alexandre (MDB) foi não terem mensurado qual o montante de recursos que teriam para enfrentar um adversário que tinha as estruturas do governo e da prefeitura usando e abusando da força do poder. Os recursos prometidos pelos partidos aliados só apareceram de forma minguada. Teve candidato a vereador do PP – por exemplo – com um orçamento maior do que o seu. Não se pode criticar o Marcus Alexandre (MDB), porque ser candidato no contexto que foi, blefado, ainda saiu com uma votação gigante. Seus votos foram de prestígio pessoal. Eleição se perde e se ganha, e a vida segue.
PRIMEIRA PEDRA
NESTA cantiga do uso abusivo das máquinas da prefeitura e do governo na campanha do Tião Bocalom; ninguém pode atirar a primeira pedra, porque quando a oposição esteve no poder usou dos mesmos métodos para ajudar seus candidatos a prefeito e a governador. E na próxima campanha o filme será repetido. Nem existe santo nesta novela política.
MOSTRA A FRAGILIDADE
A FEDERAÇÃO PSOL\REDE – que não teve fartos recursos públicos – ainda assim, a sua chapa de candidatos a vereadores teve mais votos do que as chapas do PSD do senador Sérgio Petecão e do PSB do ex-deputado Jenilson Leite. O que mostrou a fragilidade do PSD e do PSB na última eleição.
SINAL VERMELHO
O JORGE VIANA tem votos além dos muros do PT, isso é indiscutível. Mas são suficientes para vencer uma eleição ao Senado, só com os aliados da esquerda? É para pensar e repensar. Há correntes da esquerda que defendem a sua candidatura a deputado federal. Se não se eleger senador em 2026 vai engatar a terceira derrota seguida – perdeu as duas últimas eleições para senador e governador. É caso a ser pensado.
FORA DO PODER
E TEM mais um complicador a ser analisado pelo Jorge Viana (PT), na sua intenção de disputar o Senado em 2026: disputará fora do poder. Seu partido não tem deputados, senadores, prefeitos e nem governo.
PERDE E GANHA
ELEIÇÃO se perde ou se ganha. Não adianta ficar eternamente buscando culpados pela derrota para a prefeitura da capital, porque não vai mudar o resultado da última campanha. Eleição se perde e se ganha. A vida segue e novas eleições virão a caminho. Passou do ponto, esse debate sobre a eleição para a PMRB.
MAIS UM NA MULTIDÃO
O MDB, com todos os altos e baixos – mais baixos que altos – ainda foi o terceiro partido em número de votos no estado, no somatório geral da eleição. O que precisa é focar na formação de uma boa chapa para a Câmara Federal em 2026, porque o partido sem deputado federal é mais um na multidão e não participa da divisão do Fundo Eleitoral.
FOCO NA ESTRADA
O SENADOR Alan Rick (UB) vai focar sua ação mais prioritária, em buscar resolver os impasses que impedem a construção da estrada, entre Porto Walter e Cruzeiro do Sul. Este é um problema que aflige os moradores de Porto Walter, que ficam praticamente isolados no alto verão.
MIRANDO A ALEAC
OS vereadores eleitos Eber Machado (MDB) e Neném Almeida (MDB), vão cumprir os mandatos de olho em candidaturas para a ALEAC em 2026. Eber e Neném já foram deputados estaduais. Na política não se pode acomodar.
SÓ CONHECE OS ESCÂNDALOS
O ELEITORADO de 30 anos – só para dar um exemplo – não viu o Jorge Viana transformar a capital de um pardieiro numa cidade com obras estruturantes e de melhor visual – quando foi prefeito de Rio Branco. Nem votavam nessa época. O PT que está na cabeça do eleitorado de hoje é o PT dos escândalos da Lava-Jato. É por isso que o PT terá um caminho muito longo até conseguir recuperar sua imagem no estado. Ficará penalizado no purgatório, por várias eleições até voltar ao poder.
MUDAR A CONFIGURAÇÃO
O senador Sérgio Petecão (PSD) vai ter que mudar toda a configuração da sua maneira de fazer campanha, montar boas alianças, se quiser ter chance de conseguir se reeleger. A eleição de 2026 será uma disputa dura, pelos nomes que já se apresentaram como candidatos.
CORRER PARA O ABRAÇO
O GOVERNADOR Gladson vai cumprir no próximo ano a sua última etapa, no comando dos destinos do estado. No início de 2026, ele terá de se afastar para ser candidato ao Senado. Se não acontecer algo de extraordinário, um ponto extremo fora da curva, uma das duas vagas de senador em aberto será sua.
FRASE MARCANTE
“Qualquer grande poder é perigoso para o iniciante”. Epicteto.
GERLEN EXPLICA
Partido mandou 800 mil do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), e mesmo assim eu não usei, pois votei contra esse FUNDÃO. Aliás, fui o único deputado federal do Acre que votou contra. Esse 800 mil eu repassei para os vereadores e fiquei com R$ 0,00 do FUNDÃO.
Bastava ter me perguntado.
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