O médico e apresentador Fabrício Lemos entrevistou no programa Médico 24 Horas exibido nesta segunda-feira (14) a médica especialista em medicina fetal Karolyne Lins. A medicina fetal é uma subespecialidade da ginecologia e obstetrícia, que acompanha a gestação com foco no feto. O objetivo é prevenir doenças e condições, e realizar procedimentos e correções para garantir a saúde do bebê e da mãe.
De acordo com a Dra. Karolyne, é indispensável que as mulheres tenham acompanhamento médico durante a gravidez, desde a descoberta da gravidez, inclusive com as ultrassons morfológicas. “Existem exames essenciais como as ultrassons morfológicas, onde são feitos diagnósticos importantes. Em torno de 4% das gestações, ou seja, 1 em cada 20, pode ter alguma alteração menor e 10% podem ter alterações menores. Fazer esse diagnóstico é importante para planejar o parto, recomendar cirurgias intrauterinas, para mudar o destino do bebê”, explicou.
Ao falar das enfermidades mais comuns em pacientes no Acre, a especialista destaca as doenças neurológicas e cardiopatias. “Questões neurológicas a gente tem muito e uma outra coisa que é muito comum são as cardiopatias, alterações cardíacas. Existem algumas alterações que a gente já mandou para fora, para confirmar diagnóstico, para fazer cirurgia, para nascer num grande centro e dar prognóstico para esse bebê, para que ele nasça bem”, afirmou.
Karolyne ainda chamou a atenção para que profissionais de saúde tenham atenção ao realizar os exames de imagem, já que um diagnóstico sobre as questões de saúde da mãe e de seu bebê podem impactar diretamente no preparo da gestante e de sua rede de apoio para as eventuais dificuldades que possam surgir após o parto. “Nós, profissionais, que fazemos exame de imagem, que fazemos pré-natal, que acompanhamos uma gestante que está com o amor de sua vida dentro da barriga, temos a responsabilidade de fazer diagnóstico. Então uma obstétrica simples mesmo, aquela que a gente vai olhar o peso do bebê, tem que olhar um pouco de anatomia. Isso é preconizado por todas as literaturas. As morfológicas são essenciais e é melhor fazer os diagnósticos nos períodos ideais, mas a qualquer momento fazer o diagnóstico é muito importante. Pensa só, uma mãe que terá esse diagnóstico só na hora do parto, o susto que é a tristeza, né? Mas se eu tiver esse diagnóstico prévio, é um apoio que eu ofereço pra esse bebê, uma estrutura”, opina.
Assista a entrevista completa:
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