Divulgada recentemente pela equipe econômica da Confederação Nacional do Comércio – CNC, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) indica que o nível de endividamento observado em setembro deste ano foi menor se comparado ao mês anterior e o menor desde dezembro de 2023.
Em setembro, 77,2% das famílias brasileiras afirmaram ter dívidas. Destas, 29% estão com dívidas em atraso e 12,4% afirmam não terem condições de quitar suas dívidas no vencimento, passando de devedores a inadimplentes.
De acordo com as observações, “A dependência crescente do cartão de crédito, especialmente para despesas cotidianas, como alimentação e vestuário, coloca as famílias em uma posição vulnerável devido aos altos juros. Isso pode aumentar o risco de inadimplência, mesmo com a diminuição do endividamento total”, alerta o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “O crédito tem um papel fundamental para impulsionar o varejo, mas o aumento da taxa Selic tem encarecido o acesso, tanto para os consumidores quanto para as empresas. É essencial que o mercado encontre um equilíbrio, pois a restrição de crédito pode impactar negativamente a economia nacional”.
No Estado do Acre, de acordo com o assessor institucional da Fecomércio Acre, Egídio Garó, “76,1% das famílias estão endividadas, ou seja, 88.897 famílias, sendo que, dessas, 49.982 afirmam terem seus compromissos financeiros em atraso e, 19.399 dessas, indicam não terem condições de quitar seus compromissos”, afirmou Garó.
Ao nível nacional, o principal meio de pagamento é o cartão de crédito, utilizado por 30% das famílias em todo o País, especificamente para alimentação, roupas e calçados, opostamente ao uso de cheque pré-datado, não utilizado com frequência para o consumo.
A redução do uso do cartão de crédito pelas famílias brasileiras foi menor devido às elevações contínuas das taxas de juros praticadas.
“O mesmo não pode ser observado nas famílias acreanas, que se fazem valer do cartão de crédito como principal meio de pagamento, exacerbando nos gastos e, consequentemente, caminhando para a inadimplência. É um fator relevante para o empresário do comércio de bens, serviços e turismo de nossa região a observação desses indicadores, o que facilitará a oferta de produtos e serviços em conformidade com o perfil de consumo das famílias acreanas, o que contribuirá com a redução do inadimplemento.”, finalizou Garó.”
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