O vereador eleito Bruno Moraes (Progressistas), que se consagrou o mais votado da história de Rio Branco, com 5.898 mil votos obtidos nas eleições de 2024, foi o entrevistado no Bar do Vaz desta terça-feira, 8. Na conversa com o jornalista Roberto Vaz, o futuro parlamentar afirmou que desde muito cedo assumiu responsabilidade de adulto.
“Desde muito cedo a gente já assumiu muita responsabilidade. Isso nunca foi peso para mim, a questão da juventude. Me considero um homem desde muito cedo”, disse o empresário ligado ao setor das terceirizadas que, em novembro, completa 37 anos.
Bruno é filho de Ineida Moraes, irmã do fazendeiro Edilberto Afonso de Moraes, o Betão. Ele também é sobrinho do ex-deputado Tarcisio Pinheiro e da ex-vereadora Beth Pinheiro.
Na entrevista, ele revelou que iniciou a carreira na política disputando o cargo de vereador em 2020 e obteve pouco mais de 2 mil votos. Dois anos depois, na disputa do cargo de deputado federal, conseguiu mais de 5 mil votos. Agora, em 2024, ele obteve quase 6 mil votos, que dependendo da legenda que estivesse, poderia ser uma votação para elege-lo deputado estadual.
“O segredo dessa votação foi a união da família, união do setor dos terceirizados, do grupo político. Isso e o conjunto de tudo. A nossa campanha teve muito amor, muita paixão, muito sentimento. A gente trata de uma forma os nossos terceirizados, muito na conquista. Eles são muito pressionados e a gente não pode fazer da mesma forma. Eu mostrava para eles o que a gente fazia e isso os convencia, mesmo após ter passado por um processo de falência em 2018″, revelou Bruno.
Moraes afirmou que os terceirizados se sentem protegidos com suas propostas. “Os terceirizados se sentem protegidos com seguro de vida, com conta vinculada. Terceirização é uma forma de contratação especializada. Eu fico triste quando a gente vê que as empresas quebraram e hoje esse cenário mudou. Hoje a gente vê poucas empresas atrasando salário”, disse.
Bruno defendeu que a não repactuação e o reequilíbrio dos preços são os principais problemas das empresas terceirizadas no Acre. Atualmente, mais de 50 empresas atuam localmente prestando serviço para a esfera federal, estadual e também municípios, totalizando mais de 30 mil trabalhadores. “Falta de repactuação e reequilíbrio de preços. Esse é o motivo principal dos problemas nas empresas. Se atrasa um mês, a empresa pode ficar sem caixa. Os contratos não são atualizados, contratos defasados, que as empresas estão com prejuízos, mas isso melhorou muito. E a gente sabe que tem salário atrasado, mas a gente luta contra isso”, destacou.
Sobre o apoio do deputado Fagner Calegário em sua campanha, Moraes disse que o parlamentar foi seu coordenador de campanha e que não existe nenhum acordo entre os dois para trocarem de posições em 2026, onde ele sairia para deputado estadual e o seu aliado para disputa da cadeira de federal. “O futuro todo depende do presente, do que acontecer com nosso grupo no interior. Nosso grupo elegeu o mais votado em várias cidades. Isso depende do que vai acontecer. A câmara nunca teve representante dos terceirizados e isso precisa ser trabalhado para ter. O Calegário diz que vai à reeleição, mas nada é estático. A minha pretensão é terminar o mandato. Calegário foi meu coordenador de campanha. A gente está alinhadíssimo”, ponderou.
Bruno também enfatizou que os terceirizados da prefeitura de Rio Branco recebem em dia desde a gestão do ex-prefeito Raimundo Angelim e que Bocalom, na atual gestão, continua sendo um bom pagador. “O setor terceirizado não tem problema desde a época do Angelim. As empresas que têm contrato com a prefeitura estão em dia. O Bocalom continua sendo um bom pagador, que nem Marcus, Socorro e Angelim”, destacou.
O vereador eleito disse que sua principal tática para ganhar voto foi a base da conquista. “Nós conquistamos votos, nós não obrigamos ninguém. Todos os candidatos ligados a terceirizados fizeram pressão”, disse.
Ao final da entrevista, o empresário revelou ainda que durante a campanha ele sentia que o candidato do MDB, Marcus Alexandre, estava na frente de Bocalom na preferência do eleitorado nas ruas. “Eu sentia o Marcus na frente. Eu acredito que nos últimos dias houve a virada. Toda a máquina unida, esse sentimento, esse Asfalta Rio Branco. O que de fato começou a se fazer a diferença”, disse.
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