O prefeito Tião Bocalom, reeleito nesse domingo, 6, com 54,82% dos votos válidos, foi o entrevistado do Bar do Vaz nesta segunda-feira (7).
Após a vitória em primeiro turno, o prefeito falou sobre a campanha, as obras que vai realizar neste segundo mandato e sobre seu futuro político, inclusive, das eleições de 2026.
Um dos principais temas da campanha, a promessa não cumprida da entrega de casas do Programa 1001 Dignidades, foi falado por Bocalom, que voltou a dizer que vai “levantar” as mais de mil casas em um único dia. Explicou que a entrega não aconteceu por conta do período eleitoral e que Rio Branco vai bater um recorde mundial. “Não aprontamos as casas porque em outubro do ano passado, fomos alertados pelos advogados que elas não poderiam ser doadas porque era ano de eleição. Por isso, tiramos o pé do acelerador para entregar no ano que vem. Vai ser um sucesso, a marcenaria continua trabalhando, só que em ritmo menor, a montagem vai acontecer naturalmente e vão levantar tudo em um dia para batermos um recorde mundial”, afirmou.
Bocalom voltou a frisar, como aconteceu durante sua campanha, a saúde financeira da prefeitura de Rio Branco, que seria a responsável pela sua gestão fazer obras e investimentos com recursos próprios. “Vamos ter mais de R$ 800 milhões em obras para os próximos anos. E muito desse recurso é próprio, gastamos R$ 70 milhões durante o período da alagação. Temos grandes obras de impacto como o Viaduto da AABB, vamos construir mais quatro restaurantes populares e os investimentos do Asfalta Rio Branco”, explicou.
Em relação às eleições de 2026, Bocalom deixou claro que já tem seus candidatos ao Senado e ressaltou que não tem compromisso com o Senador Alan Rick, que postula se candidatar ao governo. “O governador Gladson e o senador Marcio Bittar serão candidatos ao Senado e terão meu apoio. Eu não tenho compromisso com o senador Alan Rick. Ele fez (na campanha), o que estava ao seu alcance, mas não veio para a minha campanha antes do governador”, destacou.
Já sobre uma possível candidatura sua ao governo, o prefeito admitiu que sonha em governar o estado, mas afirmou que não vai atropelar o processo. “Eu nunca neguei que sonho em ser governador, mas eu sou um homem de projeto, eu sou prefeito, vai depender da população, não vou fazer cavalo-de-batalha. A Mailza tem todo o direito de também colocar o nome dela, mas quem vai dizer isso é o povo. Eu fui eleito para ser prefeito e é isso que vou me dedicar no momento”, declarou.
A campanha deste ano foi marcada pelo rompimento de Bocalom com o seu principal apoiador em 2020, o senador Sérgio Petecão (PSD), e Marfisa Galvão, atual vice-prefeita, que foi candidata na chapa de Marcus Alexandre. O prefeito disse que ligou e mandou mensagem para Marfisa nesta segunda-feira e alegou que o rompimento foi um pedido de Petecão para a esposa. “Não incomodou, é um direito que ela tem, aconteceu porque foi um pedido do marido, estou tentando falar com ela, mandei mensagem hoje, mas ela ainda não me respondeu”. Bocalom mostrou, ao vivo, as mensagens enviadas a vice-prefeita: “Boa tarde, filhona, posso falar contigo?”, dizia parte da mensagem.
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