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Dia D

Chegou o dia das eleições. No Acre, atenções voltadas para os resultados das urnas nos três maiores colégios eleitorais: Rio Branco: 271.518 eleitores; Cruzeiro do Sul, com 62.645; e Sena Madureira, com 30.666. Em todo o estado são 612.448 pessoas aptas a ir às urnas.


Ordem de votação
O primeiro número que será digitado na urna eletrônica é o de vereador, com cinco dígitos, sendo os dois primeiros correspondentes ao partido e os três restantes correspondentes à identificação do próprio candidato. O segundo e último número que será digitado na urna eletrônica é o de prefeito, com apenas dois dígitos.


Votos descartados
Em 2020, último pleito municipal, foram 5.939 votos nulos e 3.368 votos em branco em Rio Branco. Votar em branco ou nulo beneficia algum candidato? Eles são “descartados” e não entram na contagem dos votos válidos, que são aqueles usados para definir o vencedor da eleição.


50% mais um
Para ganhar no primeiro turno, por exemplo, um candidato precisa de mais de 50% dos votos válidos. Se muitos eleitores anularem ou votarem em branco, haverá menos votos válidos em disputa, facilitando para um candidato atingir essa maioria.


Abstenção
Em 2020 quase 70 mil eleitores da capital deixaram de votar. A abstenção foi de 27.7%. O total de eleitor que se abstém de cumprir a obrigação eleitoral aumenta a cada eleição. Em 2016, o total foi de 15,8%.


Polarizado
Tião Bocalom, do PL e Marcus Alexandre, do MDB, chegam com reais chances de vitória no primeiro turno das eleições em Rio Branco. Bocalom com uma candidatura definida como de direita e, Marcus Alexandre com a chamada centro-esquerda. Filiado ao MDB, partido do centrão, Alexandre sofreu com o fantasma dos partidos de esquerda: PT e PCdoB, por onde ele orbitou desde que chegou ao Acre.


Efeito Mauri
Há quem lembre e acredite dentro do MDB, no fenômeno que ocorreu na campanha de Mauri Sérgio em 1996, em que ele não era favorito e após o resultado das urnas, venceu as eleições contra Marcos Afonso. Na época, o eleitor vestiu vermelho e votou azul.


Clima interno
O MDB, internamente, estaria embasado em dados quantitativos que apontam segundo turno nas eleições de Rio Branco. Psicologicamente, em caso de segundo turno, isso seria um ponto favorável, uma espécie de upgrade à candidatura de Marcus Alexandre.


Flagrantes da Democracia
Estrupiada, lascada: Democracia expressa no trabalho da “margarida”; Democracia exposta na população em situação de rua, dependentes químicos; miséria; pobreza. Injustiças por todo lado. Mas, ainda assim e com tudo isso, é Democracia. O remédio para todos esses problemas? Mais Democracia. Neste domingo (6), precisamos teimar, abraçados com essa esperança de que o seu voto traga dias melhores e remédio para esses males.


Assuntos excluídos
A campanha passou e temas importantes ficaram guardados na “gaveta” da eleição. Infelizmente, se viu falar muito pouco de políticas para os dependentes químicos que tomaram conta do centro de Rio Branco. Outro assunto despercebido: quem vai salvar os comerciantes do Shoping Aquiri, no centro?


Decepcionado
O candidato a prefeito Emerson Jarude demonstrou descontentamento por não ter participado de um debate, decidindo não autorizar mais a emissora a realizar as entrevistas diárias com os candidatos à prefeitura.


Consolo
Ana Paula, que foi garota propaganda do candidato a prefeito pelo Novo, Emerson Jarude, em postagem apaixonada, afirmou acreditar na vitória do namorado nas eleições deste domingo. Pelas chances matemáticas, o tom serve de consolo ao fraco desempenho de Jarude nas eleições em Rio Branco. Será que Ana Paula vai acompanhá-lo na balsa?


Ficaram na mão
Alguns candidatos da Coligação Bora Rio Branco, de Marcus Alexandre, estão insatisfeitos devido à falta de recursos prometidos para a campanha, já que o apoio financeiro esperado não foi recebido.


Justifica-se
Caso os números de algumas pesquisas no interior não se confirmem após a apuração, é porque a força da zona rural ainda é muito forte em algumas localidades distantes, aonde os institutos não chegam. Esses votos costumam ser decisivos e podem mudar a tendência de vitória de um candidato tido como favorito.


O bam-bam-bam
O resultado destas eleições vai ser um divisor de águas para definir a postura futura de candidatos nas redes sociais. Alguns postulantes a uma vaga de vereador na capital apostaram mais em ser “engraçadinhos” do que apresentar propostas concretas aos eleitores. Resta saber se ser “amostradinho” vai render votos nas urnas. Esta coluna acredita que não.


Não vale chorar depois
A história tem mostrado que a política é para todos, mas nem todos são para a política. Dependendo do resultado destas eleições, se alguns candidatos a vereador em Rio Branco, que contaram com uma estrutura milionária, não ganharem a eleição, podem “pegar o beco” e desistirem de ter um mandato.



A chuva vira cabo eleitoral
Na dúvida de quem chega em primeiro, o candidato do MDB tem que acreditar que a chuva que caiu na capital acreana pode ser um “fôlego” para um segundo turno. A “qualidade” do asfalto em álbuns bairros seria um cabo eleitoral de Marcus Alexandre. Se for verdade, é a velha máxima do feitiço contra o feiticeiro.


A saída da balsa
Com a forte chuva que caiu na última sexta-feira, o nível do rio Acre subiu e registrou 1,36m. Gozadores de plantão falam em condições ideais para a balsa desatracar na gameleira rumo a Manacapuru. Foram 35mm em doze horas.


Que pena
Ouvir de uma procuradora do Ministério Público do Trabalho que estamos voltando para a era do voto no cabresto, é sinal de que a legislação e os órgãos de fiscalização são falhos no combate ao abuso do poder econômico nas eleições.


De quem será a fatura
Em caso de derrota, no município de Cruzeiro do Sul, para onde o PP enviou uma força-tarefa neste final de semana, a pergunta é para quem será creditada essa fatura. O clima não é nada sereno no primeiro andar do Palácio Rio Branco.


Lista Negra
Assim como será cobrada a fatura do resultado das eleições no Juruá, corre à boca miúda a informação de uma lista de infiéis que vai para a mesa do Zero Um, pós-primeiro turno. Os próximos diários estarão recheados do famoso “pedido de exoneração”. Cameli não tem esse DNA, mas, tudo indica que ele não perdoará quem deixou de vestir a camisa do projeto político comandado por ele.


Vermelhou
Só faltou Jorge Viana cantar o sucesso de Fafá de Belém no pedido de votos a Marcus Alexandre. “Meu coração é vermelho”. Coincidência ou não, no mesmo dia, a executiva nacional do PT creditou a candidatura de Marcus Alexandre na cota do presidente Lula nas poucas capitais onde o partido disputa com chances de ir ao segundo turno.


Fora da curva
As declarações de JV foram comemoradas pela turma do Bocalom, que aproveitou para viralizar a informação nas redes sociais, reafirmando o discurso de direita contra a esquerda. Para a cúpula emedebista, foi um ponto negativo à campanha do azulão.


Apareceu
O presidente da Fecomercio, empresário Leandro Domingos, que andou meio sumido, apareceu. Ele não pediu voto para nenhum candidato, defendeu reforma administrativa. De acordo a instituição que preside, 1% de aumento na dívida pública representa perda de R$ 1.3 bi na economia.


Bruxa tá solta
Depois da pane no avião presidencial que obrigou a aeronave a fazer manobras para pousar em segurança no México, o carro da segurança do presidente Lula foi roubado em frente a escola João Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo de Campo, onde o presidente irá votar no domingo. Lula tem soltado uma bronca atrás da outra.


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