Em menos de um mês, o prédio onde deveria funcionar o Museu de Xapuri foi arrombado por criminosos no município do interior.
Em setembro, armas de imenso valor histórico, usadas durante a Revolução Acreana, um dos mais importantes capítulos da história do Acre, foram furtadas após o prédio ser arrombado.
O local está fechado desde o ano de 2019. O acervo do Museu do Xapuri possui peças do cotidiano de pessoas que viveram no auge do ciclo da borracha e outras com temas relativos à luta dos trabalhadores rurais e ao povoamento da cidade, desde a Revolução Acreana, passando pelo 2º ciclo da borracha até a morte do líder seringueiro Chico Mendes, cuja estátua de bronze era uma das atrações mais procuradas pelos turistas e visitantes do lugar, quando aberto.
À época do furto, a Fundação Elias Mansour, por meio de seu diretor de Patrimônio Histórico, Ítalo Fagundes, afirmou que foi registrado um Boletim de Ocorrência. Mesmo assim, pouco mais de 15 dias depois, o prédio voltou a ser arrombado.
Procurado mais uma vez, Ítalo disse que duas armas da época da Revolução Acreana que não foram levadas durante o primeiro arrombamento, estão sob guarda da Polícia Militar e que as demais peças que restam no local serão cedidas para que a prefeitura faça a exposição das mesmas no espaço histórico da Casa Branca, o que não ocorreu por conta da Polícia Civil ainda não ter realizado a perícia do primeiro furto.
No entanto, o diretor de Patrimônio Histórico da FEM não explicou os motivos pelos quais, mesmo com a ocorrência do primeiro caso de arrombamento, não foi adotada nenhuma providência para aumentar a segurança do local, como reforço das portas ou a contratação de vigilância.