Durante a sessão ordinária desta terça-feira (01) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o vice-presidente da Casa, deputado Pedro Longo (PDT), falou sobre duas importantes questões que afetam diretamente a população acreana. O parlamentar anunciou que as obras do Hospital de Feijó, paralisadas há mais de seis meses, serão finalmente retomadas após a resolução de pendências financeiras. O parlamentar destacou que a população local tem enfrentado dificuldades devido à interrupção dos serviços, com muitos atendimentos sendo transferidos para o município vizinho, Tarauacá.
“Recebemos a boa notícia de que as pendências financeiras com a empresa responsável pela obra já foram sanadas. Agora, aguardamos a chegada dos materiais para que os trabalhos possam ser retomados e concluídos. A população de Feijó tem sofrido muito, e é inaceitável que atendimentos médicos básicos precisem ser deslocados para outra cidade”, afirmou o deputado.
Além da questão da saúde, Pedro Longo também levantou um importante debate sobre o crescimento das apostas esportivas e online no Brasil, ressaltando o impacto negativo que essas práticas vêm causando em diversas famílias acreanas. O parlamentar anunciou a convocação de uma audiência pública, marcada para o dia 7 de novembro, que debaterá o tema com diversas autoridades e instituições.
“Temos acompanhado relatos de pessoas que estão se endividando, muitas vezes usando recursos de programas sociais, como o Bolsa Família, para realizar apostas. Não se trata de proibir, mas precisamos discutir medidas para regulamentar e controlar esse setor, além de desenvolver campanhas educativas para evitar que mais pessoas, principalmente jovens, sejam prejudicadas”, explicou Longo.
O deputado chamou a atenção para o alto volume de dinheiro movimentado pelas apostas no país. “Dados indicam que, mensalmente, cerca de R$ 20 bilhões de reais são destinados a essas apostas, sendo R$ 3 bilhões oriundos de beneficiários de programas sociais. Isso é um problema muito sério que precisa ser enfrentado com urgência”, alertou.
A audiência pública contará com a presença de representantes de órgãos como o Procon, Ministério Público, Fecomércio, Caixa Econômica Federal, e outros setores que podem contribuir para o debate. “Nosso objetivo é construir soluções que protejam as famílias acreanas, sem prejuízo de regulamentar um setor que já movimenta muito dinheiro, mas que precisa ser melhor controlado para evitar abusos”, concluiu.
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