Um relatório de alerta de incêndios florestais baseados na análise de imagens de satélite mostraram que o estado já sofreu com queimadas em até 8 mil hectares até o dia 17 de setembro de 2024. O estudo foi feito pelo Projeto AcreQueimadas, sob coordenação da professora de geoprocessamento e topografia, Dra. Sonaira Silva, da Universidade Federal do Acre no campus de Cruzeiro do Sul.
De acordo com Dra. Sonaira, a quantidade de queimadas no Acre tem superado anos anteriores e trouxe como diferencial a queima simultânea de diferentes regiões do estado. “A quantidade de queimadas em nosso território este ano é maior que o ano passado, e ano passado já foi um ano crítico, esse padrão tem se repetido nos últimos 7 anos. Nunca tinha se visto queimada de vegetação nativa de uma ponta a outra do estado, 18 dos 22 municípios registraram fogo na vegetação nativa, isso é inédito, os incêndios nunca ocorreram de forma generalizada”, afirmou.
A professora alerta também que a expansão do período de seca acabou estendendo o período propício para os incêndios florestais e as chuvas pontuais não tem sido capazes de amenizar o problema. “O problema ainda não está sob controle, as chuvas que temos tido ainda são pontuais e não são capazes de impedir os incêndios. A tendência de piora acontecia do final de agosto a início de setembro, mas este ano como o verão foi mais precoce, houve uma antecipação dessa piora da qualidade do ar em duas semanas. No Juruá já vivemos uma situação que é a pior da história monitorada, muito mais do que em 2010, que foi um ano bem difícil. Pro leste do Acre ainda não estamos no nível de 2005, quando tivemos 350 mil hectares de floresta em pé queimada e mais de 500 mil hectares de áreas de pastagem queimadas, mas estamos nos encaminhando para superar o ano de 2016, quando tivemos 20 mil hectares de queimadas e mais de 300 mil de áreas de desmatamento e pastagem queimadas”, pontuou.
De acordo com Sonaira, os dados tem mostrado que o Acre tem participação importante da produção da fumaça disposta em seu território. “Temos esse vento que vem do oceano Atlântico, que na maior parte sopra do leste para o oeste. Temos queimadas desde o Mato Grosso, Rondônia e no próprio Acre, essa fumaça se espalha desde o início de agosto. Não temos dados sólidos deste ano, mas podemos dizer que temos uma contribuição de outros estados brasileiros e temos nossa própria fumaça como processo importante. As queimadas de pastagens também emitem tanta fumaça quanto o fogo das matas nativas, e são as grandes responsáveis por essa situação que a gente vive”, disse a professora.
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