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Promotor alerta perigos dos jogos de azar e implicações nas crianças

Foto: Jardy Lopes

Durante entrevista no programa do Bar do Vaz, transmitido pelo ac24horas nesta terça-feira, 24, o promotor de Justiça, Fernando Cembranel, do Ministério Público do Acre (MPAC), abordou as implicações dos jogos de azar, especialmente entre crianças e adolescentes no Estado.


Durante o bate-papo com o jornalista Roberto Vaz, o promotor destacou a responsabilidade dos pais em monitorar o uso de celulares e a exposição dos jovens a esses jogos, que podem ser atraentes, mas representam um risco à saúde mental, física e financeira.


Cembranel afirma que a participação de menores de 18 anos em apostas é estritamente proibida, incluindo nas loterias federais. “É fundamental que os pais estejam atentos e conversem com os filhos sobre o que eles fazem no celular”, alertou.


Foto: Jardy Lopes

Durante a conversa, o promotor citou o caso do “jogo do tigrinho”, que ganhou notoriedade devido à ampla divulgação por influenciadores, incluindo artistas famosos, como Gusttavo Lima. “Muitas pessoas, ao verem essas celebridades promovendo o jogo, são levadas a acreditar que se trata de uma oportunidade segura de lucro. No entanto, o resultado costuma ser desastroso, com muitas pessoas perdendo até mesmo o dinheiro destinado à alimentação da família”, explicou.


O promotor também abordou a regulamentação recente das apostas esportivas no Brasil e o surgimento de plataformas que operam à margem da lei. “Embora algumas apostas sejam autorizadas, há uma enxurrada de plataformas clandestinas que não são fiscalizadas. Isso coloca os apostadores em risco, pois eles não têm garantias de retorno ou segurança”, ressaltou.


Outro ponto abordado foi a necessidade de denúncia e responsabilização em casos de estelionato relacionados a jogos de azar. Cembranel lembrou que, em situações em que os consumidores são enganados, como ao depositar dinheiro em plataformas fraudulentas, é fundamental registrar um boletim de ocorrência. “As vítimas precisam manifestar seu interesse em que a investigação seja realizada. Isso é crucial para que as autoridades possam agir”, enfatizou.


Foto: Jardy Lopes

A conversa também se voltou para a ludopatia, um distúrbio que leva as pessoas a desenvolverem uma compulsão pelo jogo. “Esse vício pode arruinar vidas e causar um impacto devastador nas famílias. A situação é angustiante e a recuperação financeira é um desafio”, afirmou.


Cembranel finalizou a entrevista reforçando a importância da educação e do diálogo entre pais e filhos. “Os jogos de azar não devem ser uma prática normalizada entre os jovens. É fundamental que os pais estejam informados e participem ativamente da vida digital de seus filhos, garantindo que eles façam escolhas seguras e conscientes”, concluiu.


Assista na íntegra:

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