A campanha eleitoral no TV e no Rádio pegou contornos agressivos nesta resta final da campanha em Rio Branco. De um lado, o candidato do MDB, Marcus Alexandre, tenta descredibilizar a campanha do prefeito Tião Bocalom (PL), candidato a reeleição, que também faz várias críticas as gestões de Marcus.
O episódio mais recente da “arenga”, é o caso em que garis apanharam em 2021. Na época os profissionais da limpeza cobravam a gestão de Bocalom por salários atrasados e fizeram um protesto na frente da Secretaria Municipal de Zeladoria de Rio Branco. Para acabar com a manifestação, o prefeito acionou o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi acionado e na ação os trabalhadores foram agredidos com cassetetes e spray de pimenta.
Na propaganda de 30 segundos, a campanha de Marcus usa imagens de arquivo da época e um depoimento de uma margarida que teria apanhado na ação. “Na época em que nós estávamos lá, pimenta nos nossos olhos, ele não queria saber não. Agora está todo santinho, bonzinho, mas nós que apanhamos não esquecemos não. Mas ele que bateu, esqueceu. Hoje tá aí pedindo voto”, disse a mulher em tom critico.
Nesta terça-feira, 24, enquanto gravava pelas ruas de Rio Branco com a sua produtora de campanha, Bocalom foi questionado pela reportagem do ac24horas sobre o que ele achava da repercussão do episódio com garis na campanha eleitoral. O candidato liberal afirmou que acabou com uma “máfia” que tinha no setor de limpeza.
“Acontece o seguinte, que eu acabei com a máfia que tinha ali. E aquelas pessoas que estão dizendo isso, são as pessoas que foram usadas pela empresa na época que tinha nota de quase 500 mil reais e que a nota não valia 200 mil e eu não deixei pagar. E aí um empresário botou o pessoal para fechar o portão e aí o que aconteceu? Os outros queriam trabalhar, tinha uma que são de outras empresas e não estavam podendo sair. Evidentemente que a polícia foi lá para poder desobstruir e desobstruiu. Agora quero dizer uma coisa, se tivesse que mandar bater em alguém, tinha que mandar bater nos bandidos que roubam dinheiro público. Se pudesse fazer, eu sei que não pode, mas se tivesse que mandar bater, eu jamais mandaria agredir uma pessoa trabalhadora, porque eu até os 15 anos de idade fui um homem que trabalhava de sol para sol no duro, eu não sei o que é isso, então jamais mandaria agredir trabalhador, por mais errado que ele estivesse. Agora, o bandido que rouba o dinheiro público, esse eu acho que mereceria, sem dúvida nenhuma, o que estão dizendo que nós fizemos com aquela margarida, jamais! É mentira dela, entendeu? Mesmo porque a gente está provando agora na justiça esse tipo de coisa”, disse.
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